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As três fases da projeção combinada de modelos de nicho: distribuição geográfica e deslocamento de áreas climaticamente adequadas para Utetheisa ornatrix (Lepidoptera, Arctiidae)

A distribuição geográfica das espécies tem sido considerada como a unidade básica em macroecologia e biogeografia, mas ainda há dificuldades em mensurá-la de forma adequada, por diferentes razões. Há cerca de 20 anos atrás, os pesquisadores começaram a utilizar dados locais da ocorrência das espécies para estimar essas distribuições utilizando modelos de nicho ecológico. Entretanto, ainda há uma série de problemas na avaliação dos modelos e em suas aplicações, e uma das soluções é utilizar um consenso de diferentes modelos, projeções climáticas, cenários de emissão e combinação de variáveis, que são fontes de incerteza durante o processo de modelagem de nicho. Neste artigo nós discutimos essa abordagem de consenso e a dividimos em três fases, com níveis crescentes de complexidade. A Fase I é simplesmente a combinação de mapas e a obtenção e interpretação de um único mapa de consenso. A Fase II envolve a descrição das diferenças entre os mapas utilizando técnicas de análise multidimensional, enquanto que a Fase III consiste em analisar quantitativamente e mapear a magnitude relativa das diferentes fontes de incerteza. A fim de ilustrar essa abordagem, nós analisamos dados de ocorrência de Utetheisa ornatrix (Lepidoptera, Arctiidae), uma mariposa distribuída na região Neotropical, modelando sua distribuição geográfica com base em dados climáticos atuais e projeções de mudança climática.

Arctiidae; distribuição geográfica; incerteza; Arctiidae; modelagem de nicho; mudanças climáticas


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