Ctenarytaina spatulata Taylor, 1997 (Hemiptera, Psyllidae), originária da Austrália, foi detectada no Brasil em 1994. Sua ocorrência foi inicialmente observada em E. grandis no Norte do Paraná associada à seca dos ponteiros. Com o objetivo de verificar a preferência deste psilídeo para postura e alimentação foram analisadas, em casa de vegetação, um híbrido e dezenove espécies do gênero Eucalyptus, três do gênero Corymbia e cinco mirtáceas nativas (Hexaclames edulis, Marlieria edulis, Plinia trunciflora and Psydium sp.). As maiores populações de C. spatulata ocorreram em E. robusta e E. pellita. No entanto, foram as espécies E. grandis e E. resinifera que apresentaram o maior número de plantas com sintomas de danos. As espécies E. cinerea, E. cloeziana, E. dunnii, E. benthamii, E. nitens, E. viminalis, E. pilularis e E. camaldulensis não apresentaram infestação por C. spatulata. Nas espécies de Corymbia foi observado um número muito reduzido de ovos de C. spatulata em C. citriodora e C. torelliana. Em nenhuma das espécies de Myrtaceae nativas foram observados ovos ou ninfas de C. spatulata. O número de ovos na planta foi altamente correlacionado com o número de ninfas, sugerindo que a contagem de ovos possa ser usada como uma ferramenta viável no monitoramento desta praga.
Pragas exóticas; pragas florestais; psilídeo