RESUMO
Este artigo instiga relações entre uma criação artística e a sua composição com um tempo político em articulação com o projeto artístico baiano Strip Tempo - stripteases contemporâneos, em suas versões presencial e a digital, realizada na pandemia. Inicia-se com uma contextualização política e estética de tais performances; na sequência, conceitos da psicanálise e contribuições das artes burlescas dialogam com a proposta dos stripteases cênicos, além da noção de arquivo performativo. Como conclusão, afirma-se que os stripteases resumem, estética e eroticamente, os percursos de artistas contemporâneos e mobilizam discussões sobre o corpo nu, seja como última fronteira de uma moralidade ultraconservadora no Brasil de hoje ou como experiência de um desejo pulsional nas artes.
Palavras-chave:
Striptease; Nudez; Erótica; Memória; Arquivo.