RESUMO
A proposta do artigo é elaborar a noção de (d)escrição autoetnográfica sensória para experimentar possibilidades de acesso ao presente da cena no suporte escrito. Utiliza-se a abordagem da antropologia da arte e dos estudos da performance na análise de três escritas poéticas e dos sensos agenciados a partir da experiência na audiência dos espetáculos Caprichosa voz que vem do pensamento, de Aderbal Freire Filho, Maria Alice Poppe e Tato Taborda, Casa de especiarias, da Terpsí Teatro de Dança, dirigido por Carlota Albuquerque e de um vídeo de dança da bailarina Marcela Reichelt. Conclui-se que a (d)escrição autoetnográfica como forma textual é um modo de presentificar a cena e ilustra novas perspectivas na qual a experiência pessoal está inscrita.
Palavras-chave:
Autoetnografia; Antropologia; Performance; Análise de Espetáculo; Escrita da Dança