RESUMO
O presente artigo busca compreender as formulações teóricas que ao longo do século XVII sistematizaram o balé de corte como arte, termo entendido à época como um conjunto de preceitos e regras. Após um breve arrazoado sobre os primeiros manuais de dança produzidos na Europa moderna, analisamos os tratados, discursos e libretos que versavam sobre a composição de balés. A partir das obras de Beaujoyeulx, Saint-Hubert, Marolles, De Pure e Ménestrier, entre outros, seria possível compreender os princípios eruditos e os preceitos orientadores da prática de composição desse espetáculo dançado na França do Antigo Regime, bem como a inserção da dança e do balé no domínio da produção escrita e da cultura letrada.
Palavras-chave:
Balé de corte; Tratados de dança; Sociedade de corte; França; Antigo Regime