RESUMO
Este artigo propõe uma análise do espetáculo Flamenco Negro a partir do referencial teórico da sociologia da arte e da sociologia das relações étnico-raciais, combinando a análise do contexto social de produção da obra com a metodologia de análise do espetáculo. O estudo constatou que o processo de criação foi parte de uma rede social articuladora de uma comunidade de sentido que ajudou a formar a própria consciência racial das bailarinas, possibilitando-lhes reafirmar sua posição e seu modo de dançar no cenário artístico e redimensionar a diáspora negra como experiência coletiva ao ressaltar o hibridismo entre danças e musicalidades afrodiaspóricas no flamenco.
Palavras-chave:
Flamenco; Racismo; Negritude; Dança; Atlântico Negro