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Desajustamento: a hermenêutica do fracasso e a poética do palhaço - Heidegger e os palhaços24 1 Nota do tradutor: Este artigo foi originalmente escrito em inglês, e, apesar de ser brasileiro, tive enorme dificuldade em traduzir meu próprio texto. Entre outras coisas, os termos heideggerianos e os neologismos deram um trabalho à parte. Optei por traduzir misfitness, por exemplo, de duas formas: desajustamento e desencaixamento, que uso intermitentemente nesta tradução. Para evitar o uso constante de feminino e masculino quando se trata do palhaço (clown), optei pela predominância do gênero masculino. Peço desculpas a quem se sentir ofendido(a), pois considero a arte da palhaçaria algo para além dos gêneros convencionais.

Resumo:

O artigo apresenta algumas ideias heideggerianas aplicadas à arte da palhaçaria. Quatro princípios de prática da arte dos palhaços são analisados ​​à luz do desajustamento - um conceito baseado na capacidade que o palhaço tem de não se enquadrar nas convenções teatrais, cinematográficas e sociais criando assim uma linguagem própria. Em uma abordagem ontológica, o artigo procura examinar o que significa ser um palhaço-no-mundo. Ao seguir um princípio Heideggeriano, o palhaço é analisado aqui levando em conta o seu fazer artístico; o palhaço é o que o palhaço faz: esse é o princípio básico da poética do palhaço. A conclusão propõe um olhar sobre a forma de pensar do palhaço - que aqui é chamada de lógica desajustada - e mostra a hermenêutica do fracasso, na qual a lógica do sucesso se torna questionável.

Palavras-chave:
Heidegger; Palhaço; Fenomenologia; Filosofia; Teatro

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