Resumo:
Em 2017, o espetáculo de dança Zoe, dirigido pela coreógrafa Francini Barros, foi alvo de censura, por iniciar com um performer nu, na calçada do Teatro Apolo, em Recife. O fato ensejou uma reflexão sobre a arte como mecanismo instaurador de uma utopia frente ao conservadorismo neoliberal. O trabalho que ora se apresenta tem por objetivo compreender como os processos criativos do espetáculo Zoe se colocam como estratégia micropolítica de resistência a esse conservadorismo. Para tanto, instaura um diálogo com o pensamento de Agamben, Foucault, Deleuze, Guattari e Rolnik, para discutir categorias que serviram de base para esta linha argumentativa, como vida comum (zoé), corpo utópico, heterotopia, cultura e subjetividade.
Palavras-chave:
Zoe; Corpo Utópico; Heterotopia; Cultura; Subjetividade