Resumo:
Investiga as representações sociais (RS) dos alunos do 9º ano sobre o estudo com base em sua abordagem estrutural e nos subsídios fornecidos pela Psicologia e Epistemologia Genética. A coleta de informações foi realizada mediante a aplicação de questionário (N=213), solicitando que os alunos evocassem palavras ou expressões relacionadas ao termo indutor "estudar é" e justificassem a expressão listada como a mais importante. As evocações foram analisadas com o auxílio dos softwares Evoc, e as justificativas, pela análise de conteúdo. Os resultados revelaram que os alunos possuem uma representação ambivalente sobre o estudo, o qual é visto ora de forma positiva, como algo importante para o futuro; ora de forma negativa, caracterizado como chato e cansativo. Elevadas ou baixas, as médias de desempenho na Prova Brasil estão associadas ao tempo dedicado ao estudo, ao hábito de estudar e ao controle escolar e familiar do estudo. Nas duas situações foram identificadas atitudes heterônomas e representações hegemônicas sobre o estudo, de modo que os desempenhos na Prova Brasil não se traduzem em uma maior autonomia no estudo nem em uma compreensão mais positiva deste.
Palavras-chave:
representações sociais; autonomia no estudo; hábitos de estudo; Prova Brasil