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Utilização de anti-hipertensivos e antidiabéticos no Brasil: análise das diferenças socioeconômicas. Pesquisa Nacional de Saúde 2013

RESUMO:

Objetivos:

Avaliar a magnitude de desigualdades socioeconômicas e demográficas da utilização de medicamentos para controle de hipertensão arterial e diabetes mellitus na população brasileira.

Método:

Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) conduzida no Brasil em 2013, com amostra representativa da população com idade de 18 anos ou mais. Foi estimada a utilização de medicamentos para hipertensão e diabetes segundo renda, escolaridade, raça, posse de plano de saúde e região de moradia. Também foram estimadas as razões de prevalência ajustadas por sexo e idade, por meio de regressão de Poisson.

Resultados:

Entre os hipertensos, 81,4% fazem uso de medicamentos para controle da doença, sendo a utilização maior entre as mulheres, os brancos e os que têm plano de saúde. No caso de diabetes mellitus, 80,2% fazem uso de medicamentos para controlar a doença e o uso foi mais elevado entre os pacientes idosos, com maior escolaridade, com plano de saúde e da Região Sudeste. As desigualdades segundo renda e plano de saúde foram de pequena magnitude mesmo nos estratos de sexo, idade e região geográfica analisados.

Conclusão:

Foi constatada utilização de medicamentos para controle da hipertensão e diabetes que pode ser considerada elevada, e as desigualdades socioeconômicas e regionais desse uso revelaram-se de magnitude não expressiva, em virtude da implementação de políticas farmacêuticas no Brasil, que visam promover maior e mais equânime acesso da população a medicamentos.

Palavras-chave:
Diabetes mellitus; Hipertensão arterial; Uso de medicamentos; Equidade; Equidade em saúde; Inquéritos de saúde

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