INTRODUÇÃO: O artigo compara os fatores de risco e proteção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), morbidade referida e acesso a exames preventivos na população com e sem planos de saúde nas capitais brasileiras.
MÉTODOS: A população de estudo é composta por adultos (≥ 18 anos) moradores de residências com telefones fixos nas 26 capitais dos estados brasileiros e no Distrito Federal. As estimativas das variáveis selecionadas são apresentadas segundo planos de saúde ("Sim" ou "Não") e sexo. Foi realizada pós-estratificação segundo idade, sexo e escolaridade nas duas populações, e foram calculadas as razões de prevalência ajustadas por idade e sexo para os fatores de risco e proteção de DCNT.
RESULTADOS: Foram avaliadas 54.099 pessoas com 18 ou mais anos de idade, sendo 47,4% beneficiários de planos de saúde. A cobertura de planos de saúde tende a aumentar com a idade e escolaridade. Os beneficiários de planos apresentaram maior chance de ter fatores de proteção, como alimentação saudável, prática de atividade física, cobertura de exames, como mamografia e Papanicolau, e menor prevalência de fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, avaliação de saúde ruim e hipertensão arterial. O consumo de bebida alcoólica de forma abusiva, o consumo de carne com excesso de gordura, excesso de peso, obesidade e diabetes não tiveram associação com a variável posse de plano de saúde. Quando controlados por escolaridade, os indivíduos que têm planos de saúde geralmente apresentam melhores indicadores.
CONCLUSÃO: Essas informações são importantes para reduzir iniquidades entre a população com e sem plano de saúde.
Doenças crônicas; Planos de saúde; Tabagismo; Papanicolau; Mamografia; Inquéritos populacionais