OBJETIVO: Descrever as prevalências de hipertensão arterial (HA) autorreferida na população adulta nas capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2011, e analisar a tendência entre 2006 e 2011.
MÉTODOS: Foi realizado estudo de séries temporais de dados provenientes do sistema de monitoramento por inquérito telefônico, o Vigitel, no período de 2006 a 2011. Foram avaliados cerca de 54.000 indivíduos em cada ano nos locais estudados. Foi utilizado o modelo de regressão polinomial para análise de tendência segundo sexo, faixa etária, escolaridade e região do país.
RESULTADOS: A prevalência de HA foi de 22,7% em 2011, maior em mulheres (25,4%; IC95% 24,2 - 26,5) do que em homens (19,5%; IC95% 18,4 - 20,7). No período de 2006 a 2011, a menor frequência de HA foi verificada em 2006 (21,5%), e a maior em 2009 (24,4%), sem diferença estatisticamente significativa no período.
CONCLUSÕES: Não houve tendência significativa específica por sexo, mantendo-se maior frequência entre mulheres. A prevalência de HA aumentou progressivamente com a idade e foi maior entre os adultos de menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo). A região Sul foi a única que apresentou tendência de aumento estatisticamente significativo (incremento de 15% ao ano) para os anos de 2006 a 2011.
Hipertensão; Prevalência; Entrevista por telefone; Doença crônica; Séries temporais; Morbidade