RESUMO:
Introdução:
Estudos epidemiológicos demonstraram associações entre medidas placentárias, resultados perinatais e futuros.
Objetivos:
Descrever medidas placentárias e avaliar suas associações com peso ao nascer numa coorte de nascimentos brasileira.
Metodologia:
Estudo de coorte retrospectiva de 958 mães, placentas e recém-nascidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Brasil, em 2010 e 2011. As informações foram coletadas por entrevistas, prontuários médicos e laudos de patologia. As medidas placentárias foram: peso, diâmetros maior e menor, excentricidade, espessura, forma, área, relações peso ao nascer/ peso da placenta e peso da placenta/ peso ao nascer. As associações entre peso ao nascer e medidas placentárias foram examinadas por meio de regressão linear múltipla.
Resultados:
O peso da placenta foi responsável por 48% da variabilidade do peso ao nascer (p < 0,001), enquanto o conjunto de medidas placentárias (peso, diâmetros maior e menor e espessura) foi responsável por 50% (p < 0,001). Quando ajustadas pelas características maternas e neonatais, as medidas placentárias explicaram 74% da variabilidade do peso ao nascer (p < 0,001).
Conclusão:
medidas placentárias são preditores independentes do peso ao nascer. O peso placentário é o mais forte preditor dentre elas, seguido pelo diâmetro menor.
Palavras-chave:
Placenta; Peso ao nascer; Perinatologia; Antropometria; Pesos e medidas corporais; Estudo observacional.