RESUMO
Objetivo:
Estimar o impacto dos fatores sociodemográficos para a sobrevida por COVID-19 no Brasil.
Métodos:
Foram analisados dados longitudinais de coorte retrospectiva de 2 milhões de internações por COVID-19 no Brasil entre março de 2020 e maio de 2022, arrolados no SIVEP Gripe.
Resultados:
O modelo ajustado de Cox mostrou probabilidade 7% maior de morte para os homens, 9 e 13% para a população parda em comparação à branca e 16% para aqueles que vivem na região rural. O idoso longevo tem probabilidade 301% maior quando comparado aos jovens.
Conclusão:
Os fatores sociodemográficos interferem na sobrevida pela COVID-19 e devem ganhar destaque nos modelos teóricos tais quais os aspectos clínicos, bem como ser considerados para formular políticas públicas, especialmente em países com maior desigualdade social, como o Brasil.
Palavras-chave:
COVID-19; Determinantes sociais da saúde; Mortalidade; Análise de sobrevivência