RESUMO:
Objetivo:
Examinar a variação das taxas de hospitalização psiquiátrica e o tempo médio de permanência em hospital, no sistema público de saúde no estado do Rio Grande do Sul, de 2000 a 2011.
Métodos:
Foi realizado estudo ecológico, com dados coletados do DATASUS. Foram elaboradas taxas conforme diagnóstico de internações decorrentes do uso de substâncias psicoativas e pelas demais causas, estratificadas por sexo dos pacientes. Os dados foram submetidos a regressão de Poisson e coeficiente de correlação de Spearman.
Resultados:
Observou-se aumento das taxas de hospitalizações de mulheres para transtornos decorrentes do uso de substâncias (p < 0,001) e para as demais causas (p < 0,001), bem como para transtornos por uso de álcool ou outras drogas entre os homens (p < 0,001). Esta elevação das taxas manteve correlação inversa e estatisticamente significativa com o tempo de permanência hospitalar (p < 0,001).
Discussão:
Percebeu-se, num período de expansão das redes locais de cuidado em saúde mental, aumento da ocupação dos leitos psiquiátricos no estado, com menor tempo de permanência e maior diversidade de gênero e de causas de hospitalização.
Palavras-chave:
Hospitalização; Saúde mental; Sistema Único de Saúde; Epidemiologia; Avaliação de serviços de saúde; Transtornos relacionados ao uso de substâncias.