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Trajetórias de renda e nível de educação e mudanças no consumo diário de vegetais após treze anos de acompanhamento: Estudo Pró-Saúde

RESUMO

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi avaliar se as trajetórias do nível de educação e de renda influenciam na mudança do consumo de vegetais ao longo de 13 anos entre funcionários públicos de diferentes campi de uma universidade do Rio de Janeiro, Brasil.

Métodos:

A frequência de consumo de vegetais (consumo diário e não diário), a renda (per capita) e o nível de educação (manutenção da baixa escolaridade/mobilidade ascendente/ manutenção da alta escolaridade) foram avaliados no início (1999) e na quarta onda (2011–12) do estudo de coorte Pró-Saúde. Foram analisados 2.381 participantes, e a associação entre as trajetórias de escolaridade e renda e a variação no consumo de vegetais foi avaliada via modelos lineares generalizados brutos e ajustados por idade e variação da escolaridade e estratificados por sexo.

Resultados:

Homens em mobilidade educacional ascendente apresentaram aumento de 0,5% no consumo de vegetais (p=0,01), enquanto mulheres nesse grupo demonstraram aumento de 2,5% (p=0,05). Modelos ajustados mostraram que mulheres que reduziram sua renda apresentaram menor probabilidade de consumir vegetais (odds ratio [OR] 0,93; intervalo de confiança [IC] 95% 0,89–0,97).

Conclusão:

Os achados destacam a influência das desigualdades sociais no consumo de vegetais em adultos.

Palavras-chaves:
Consumo alimentar; Vegetais; Fatores socioeconômicos; Desigualdade social

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