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Os vírus linfotrópicos de células T humanos (HTLV) na última década (1990-2000): aspectos epidemiológicos

Human T-cell lymphotropic viruses (HTLV) in the last decade (1990-2000): epidemiological aspects

Vinte anos após o isolamento do vírus linfotrópico humano tipo I, muitos aspectos epidemiológicos, patogênicos e filogenéticos já estão esclarecidos. Sabe-se que em regiões endêmicas a prevalência aumenta com a idade e é maior no sexo feminino. Três patologias estão claramente relacionadas a ele: paraparesia espástica tropical / mielopatia associada ao HTLV, leucemia de células T do adulto e uveíte. Os modos de infecção, semelhantes aos dos outros retrovírus, são: transfusão de sangue, relações sexuais não protegidas, transplacentária e durante o aleitamento materno. A história natural das doenças relacionadas ao HTLV-I ainda não está bem estabelecida. O risco de portadores da infecção desenvolverem patologias depende de mais estudos de incidência para serem corretamente estimados. Menos se conhece sobre o HTLV-II. A despeito do alto grau de homologia entre os dois tipos, os vírus interagem de forma bem diversa com os infectados, não havendo uma associação clara de doença com o HTLV-II. Relatos recentes têm apontado sua participação em casos de mielopatia crônica semelhante à TSP/HAM. As implicações incertas do prognóstico para pessoas infectadas pelo vírus linfotrópico humano (HTLV-I/II) e suas formas de transmissão constituem um problema de saúde pública, principalmente em áreas consideradas endêmicas para esse vírus.

HTLV-I/II; Prevalência; Epidemiologia; Saúde pública


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