Segundo as evidências, há uma necessidade mais profunda de avaliação e quantificação da dimensão e da forma corporal e o risco de câncer de mama (CM). Utilizando a metodologia do somatotipo, realizamos uma pesquisa original com o objetivo de explorar possíveis associações entre a forma corporal e o risco de CM nas mulheres uruguaias. Com essa finalidade, 254 casos recentes de CM e 1.000 controles emparelhados por freqüência foram entrevistadas sobre história menstrual e reprodutiva, e uma série de dobras cutâneas, circunferências e diâmetros foram medidas especificamente para se fazer o cálculo do somatotipo. Foi encontrada uma associação positiva com CM para forte endomorfismo (OR = 2.82, p < 0.001), especialmente nas mulheres premenopáusicas (OR = 4.98, p < 0.001) e com normopeso (OR = 5.12, p = 0.002); entretanto, não foram observadas diferenças para mesomorfismo e ectomorfismo. As análises apresentaram um elevado padrão meso-endomórfico na população estudada. São necessários novos estudos para confirmar os resultados presentes, obtidos em um país com elevada incidência da enfermidade.
Antropometria; Câncer de mama; Epidemiologia; Menopausa; Somatotype