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Prevalência, motivos e fatores associados à não adesão intencional à terapia medicamentosa: um estudo de base populacional

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a frequência, os motivos e fatores associados à não adesão intencional à terapia medicamentosa.

Métodos:

Foi conduzido um estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM). O questionário foi composto por questões sociodemográficas, referentes à presença de doenças crônicas, uso de medicamentos, autoavaliação de saúde e comportamentos no uso de medicamentos. A análise dos dados incluiu modelos de regressão de Poisson ajustados para variância.

Resultados:

Foram incluídos 31.573 indivíduos, sendo a maioria do sexo feminino (53,8%), com baixa escolaridade (57,7%) e com autoavaliação de saúde boa (56,5%). Dos entrevistados, 8,8% relataram aumentar a dose dos medicamentos e 21,2% relataram diminuir. O motivo mais comum para a diminuição da dose foram os efeitos adversos do medicamento. Não houve diferenças para os motivos de aumento de doses. O aumento ou a diminuição de doses foi mais comumente reportado pelos mais jovens, com menor renda per capita e pior autoavaliação de saúde.

Conclusão:

Uma parcela considerável dos entrevistados não adere intencionalmente à terapia medicamentosa. Entender a não adesão medicamentosa e identificar quem a pratica é crucial para criar estratégias eficazes que promovam a adesão medicamentosa e priorizem as necessidades e perspectivas dos pacientes.

Palavras-chave:
Adesão à medicação; Comportamentos relacionados com a saúde; Conformidade com o tratamento; Esquema de medicação

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