Acessibilidade / Reportar erro

Relação de quedas em idosos e os componentes de fragilidade* * Trata-se de um artigo original, resultado da tese de doutorado do Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Ano de defesa: 2016.

RESUMO:

Objetivo:

Avaliar se a ocorrência de quedas no ano anterior à entrevista está associada aos componentes de fragilidade após um período de quatro anos.

Métodos:

Os dados foram obtidos a partir da segunda rodada do Estudo Saúde, bem-estar e envelhecimento (SABE), realizado em 2006, quando 1.413 idosos foram entrevistados. Os indivíduos considerados frágeis, de acordo com o modelo de Fried, foram excluídos, resultando em 1.207 idosos no início do estudo. A variável explicativa foi tomada como sendo as quedas ocorridas no ano anterior à pesquisa de 2006. Em 2010, os sobreviventes foram avaliados para os cinco componentes de fragilidade. O teste estatístico com correção para o projeto de amostra (Rao-Scott) foi aplicado para avaliar a associação entre fragilidade e as quedas no início do estudo.

Resultados:

Dos 1.413 indivíduos na amostra de 2006, 1.397 registraram quedas no ano anterior à entrevista e avaliação da fragilidade. Os componentes de fragilidade para fatores de risco para ocorrência de quedas foram: (1) redução da força de preensão (sem quedas = 21,8%; quedas = 31,5%; razão de risco - RR = 1,44; e p = 0,003); e (2) exaustão (sem quedas = 7,6%; quedas = 14,7%; RR = 1,93; e p = 0,003).

Conclusão:

Esse achado sugere a realização de estudos longitudinais a fim de precisar a causalidade das quedas em idosos tendo em vista os aspectos da temporalidade entre a exposição e o evento.

Palavras-chave:
Acidentes por quedas; Idoso fragilizado; Idoso; Epidemiologia; Fatores de risco; Saúde pública

Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Dr. Arnaldo, 715 - 2º andar - sl. 3 - Cerqueira César, 01246-904 São Paulo SP Brasil , Tel./FAX: +55 11 3085-5411 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revbrepi@usp.br