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Percepção do ruído como incômodo, características sociodemográficas, de saúde e percepção da vizinhança em uma metrópole brasileira: Estudo Saúde em Beagá

RESUMO

Objetivo:

Analisar a associação entre o incômodo provocado pelo ruído com fatores individuais e sociodemográficos e a autopercepção de vizinhança em um centro urbano.

Métodos:

Os dados foram coletados por meio de um estudo transversal de base populacional, desenvolvido em dois dos nove distritos sanitários do município de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de 2008 a 2009. Participaram do estudo 3.934 indivíduos, de ambos os sexos, com 18 anos ou mais. A variável resposta foi a autopercepção do ruído, investigada pela pergunta: “Pensando na sua vizinhança o ruído/barulho incomoda você?”. As variáveis explicativas foram agrupadas nos seguintes domínios: sociodemográfico, determinantes sociais, autoavaliação de saúde e autorrelato de doenças.

Resultados:

Para as mulheres, a prevalência do incômodo ao ruído foi de 47%, e para os homens, foi de 39,8%. Para ambos os sexos, o incômodo ao ruído foi independentemente associado ao trânsito ruim e presença de música alta, discussões e festas até tarde.

Conclusões:

Diferenças entre os sexos foram observadas para associação entre o incômodo ao ruído, características sociodemográficas e morbidade autorreferida. O trânsito e os costumes sociais se configuraram como a principal fonte geradora de ruído nas regiões estudadas.

Palavras-chave:
Saúde da população urbana; Ruído; Características de residência; Percepção auditiva

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