RESUMO:
Introdução:
Envelhecimento ativo é o processo de otimizar oportunidades para a saúde, participação e segurança, de modo a promover qualidade de vida enquanto as pessoas envelhecem. Estudos demonstram que menores prevalências de depressão são encontradas em idosos fisicamente ativos.
Objetivo:
Avaliar a associação entre indicadores de envelhecimento ativo e sintomas depressivos em idosos (60 ou mais anos de idade).
Métodos:
O delineamento foi transversal de base populacional. Entrevistas estruturadas foram realizadas com 1.006 idosos, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em um município de pequeno porte do Sul do Brasil. Sintomas depressivos foram mensurados através da Escala de Depressão Geriátrica com ponto de corte maior ou igual a seis pontos. O envelhecimento ativo foi avaliado com indicadores tais como: participação em grupos, situação ocupacional ativa, trabalhos manuais, leituras, conversa com amigos e atividades físicas. A análise dos dados utilizou Regressão de Poisson para obter as razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas.
Resultados:
A maioria dos idosos eram mulheres, idade entre 60 e 74 anos e cor da pele branca. Todos os indicadores de envelhecimento ativo estavam associados com o desfecho. Após o controle para aspectos sociodemográficos, psicossociais e variáveis relacionadas à saúde, idosos com situação ocupacional ativa, que participavam em grupos, que relatavam realizar trabalhos manuais, com hábito de leitura e de socializar com os amigos possuíam menores prevalências de sintomas depressivos quando comparados àqueles que realizavam tais atividades.
Conclusões:
Abordagens com foco no envelhecimento ativo podem ser uma estratégia importante para promoção da saúde mental em idosos.
Palavras-chave:
Depressão; Idosos; Envelhecimento; Sintomas depressivos; Estudo transversal