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Tendência da taxa de detecção de sífilis em pessoas idosas: Brasil, 2011–2019

RESUMO

Objetivo:

Analisar a tendência da taxa de detecção de sífilis em pessoas idosas no Brasil no período de 2011 a 2019.

Métodos:

Estudo ecológico, de série temporal, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Analisou-se a tendência temporal das taxas de detecção de sífilis segundo o método de regressão linear de Prais-Winsten.

Resultados:

Foram notificados 62.765 casos de sífilis em pessoas idosas. Verificou-se tendência crescente na taxa de detecção de sífilis em pessoas idosas no Brasil. O aumento foi de, aproximadamente, seis vezes, com incremento médio de 25% a cada ano (variação percentual anual [VPA]: 25,0; IC95% 22,1–28,1). O aumento na taxa de detecção foi identificado em ambos os sexos e para todos os grupos etários, com destaque para o incremento no sexo feminino (VPA: 49,1; IC95% 21,9–26,8) e no grupo com 70 a 79 anos de idade (VPA: 25,8; IC95% 23,3–28,3). Todas as macrorregiões do país apresentaram tendência crescente, com destaque para as regiões Nordeste (VPA: 51,2; IC95% 43,0–59,8) e Sul (VPA: 49,2; IC95% 32,3–68,3).

Conclusão:

A tendência crescente da taxa de detecção de sífilis em pessoas idosas em todo território brasileiro evidencia a necessidade de planejamento e desenvolvimento de ações efetivas e multiprofissionais de prevenção e assistência adaptada a esse público.

Palavras-chave:
Sífilis; Idoso; Sistemas de informação em saúde; Estudos de séries temporais

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