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Fatores associados à realização de testagem prévia para HIV, sífilis e hepatites B e C entre mulheres trans e travestis no Brasil

RESUMO

Objetivo:

Investigar a realização de testagem prévia de HIV, sífilis, hepatites B (HBV) e C (HCV) entre mulheres trans e travestis (MTT) em cinco cidades brasileiras e identificar fatores associados à testagem.

Métodos:

Trata-se de um estudo de corte transversal, com recrutamento de MTT através do respondent-driven sampling (Projeto TransOdara). A variável de desfecho investigada foi realização de testagem prévia HIV, Sífilis, HBV e HCV nos últimos 12 meses. A associação entre fatores sociodemográficos e comportamentais com o desfecho foi analisada usando modelo de regressão logística binomial com efeitos mistos. Estimou-se odds ratio ajustada (aOR) e intervalos de confiança a 95% (IC95%).

Resultados:

As proporções de pessoas com realização prévia de testagem foram: 56,3% para HIV, 58,0% para sífilis, 42,1% para HBV e 44,7% para HCV. Observaram-se associação negativa da testagem prévia com idade de 35 anos ou mais e associação positiva com ter ensino médio, ter sofrido violência verbal ou psicológica nos últimos 12 meses e ter tido parceiro comercial ou casual nos últimos seis meses.

Conclusão:

Verificou-se baixa frequência de testagem nos últimos 12 meses anteriores ao estudo para HIV, Sífilis, HBV e HCV em comparação às orientações estipuladas pelo Ministério da Saúde. A ampliação do acesso e vinculação aos serviços de atenção e prevenção para as MTT é uma estratégia essencial para a redução da cadeia de transmissão do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Palavras-chave:
Pessoas transgênero; Testes sorológicos; HIV; Sífilis; Hepatite B; Hepatite C.

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