RESUMO
Objetivo:
Descrever os eventos supostamente atribuíveis à imunização ou vacinação em crianças de Minas Gerais, de 2015 a 2020, decorrentes dos erros de imunização em crianças de 0 a 9 anos.
Métodos:
Estudo ecológico, descritivo, de abordagem quantitativa, fundamentado nas notificações de eventos disponíveis no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.
Resultados:
Dentre os 39.903.277 de doses de imunobiológicos administrados em crianças de 0 a 9 anos, no estado de Minas Gerais, registraram-se 3.259 eventos do tipo erros de imunizaçõo, cerca de 0,008% do total e, destes, 91,86% não acarretaram eventos adversos e 56,02% ocorreram em crianças menores de 1 ano. O diagnóstico mais frequente foi a aplicação fora da idade recomendada (29,12%). Dentre as manifestações, 71,91% foram locais e, em relação às sistêmicas, a mais comum foi a febre (40,85%).
Conclusão:
O estudo demonstrou que os erros de imunização foram raros e a maioria deles não se associou aos eventos adversos, o que reitera a segurança no processo de imunização. Isso suscita, indubitavelmente, a reflexão sobre a necessidade e a relevância de educação permanente dos profissionais da saúde.
Palavras-chave:
Imunização; Erros de medicação; Criança; Segurança do paciente; Vigilância em saúde pública; Doenças transmissíveis