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Prevenção da transmissão heterossexual do HIV entre mulheres: é possível pensar estratégias sem considerar suas demandas reprodutivas?

RESUMO

Este artigo discute a prevenção da transmissão heterossexual do HIV entre mulheres, considerando e relação entre esta prática e suas demandas reprodutivas a partir da análise crítica da literatura nacional e internacional recente sobre o tema. Tem como pressupostos o relativo esgotamento da diretriz de uso do preservativo masculino em todas as relações sexuais e a necessidade do reconhecimento de que, para muitas mulheres em idade fértil, a prevenção do HIV não pode se dissociar da contracepção, embora sejam práticas simbólica e tecnologicamente distintas. Ademais, nem sempre os contextos em que o sexo acontece permitem que as intenções de prevenção, seja da gravidez ou da infecção pelo HIV, se efetivem. As mulheres são diferentes entre si, bem como seus riscos, necessidades e vulnerabilidades, e estas diferenças devem ser identificadas. Para a adequação das estratégias preventivas às particularidades das situações vivenciadas por cada uma é necessário um esforço de incorporação do conhecimento científico disponível às ações realizadas pelos serviços de saúde, bem como de realização de pesquisas sobre pontos específicos relativos às práticas heterossexuais.

Palavras-chave:
Prevenção de doenças; Gênero e Saúde; Mulheres; Preservativo; Anticoncepção; Sexualidade

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