Acessibilidade / Reportar erro

Esperança de vida e sua relação com indicadores de longevidade: um estudo demográfico para o Brasil, 1980-2050

Esperanza de vida y su relación con indicadores de longevidad: un estudio demográfico para Brasil, 1980-2050

Life expectancy and its relationship with indicators of longevity: a demographic study for Brazil, 1980-2050

Quando a mortalidade encontra-se em constante mudança, a tabela de sobrevivência de período não descreve a verdadeira experiência de vida das coortes presentes na população. Nesse sentido, o emprego das taxas correntes de mortalidade na estimativa do tempo médio de vida distorce o conceito original de esperança de vida. Como uma medida de coorte, a longevidade deveria ser estimada para um grupo real de pessoas, mas usualmente refere-se a uma coorte hipotética. Dadas as quedas passadas da mortalidade e as prováveis reduções futuras, a esperança de vida de coorte se torna maior do que a de período. Apesar disso, esta última pode ser vista como um indicador defasado do tempo médio de vida de alguma coorte passada (coorte equivalente). Este artigo explora o tempo requerido para encontrar essa coorte passada (defasagem) e as diferenças entre as esperanças de vida em um dado ano (diferencial) a fim de determinar a translação da medida de período, na perspectiva de coorte. Com a tendência de ganhos da longevidade cada vez menores no Brasil, os resultados indicam que, tanto para homens quanto para mulheres, o diferencial se reduz com o tempo, ao passo que a defasagem torna-se crescente. Isto é, com o passar dos anos, as estimativas correntes de período e coorte tendem a se aproximar, enquanto as coortes equivalentes se tornam mais remotas.

Medidas de longevidade; Translação da esperança de vida; Diferencial; Defasagem


Associação Brasileira de Estudos Populacionais Rua André Cavalcanti, 106, sala 502., CEP 20231-050, Fone: 55 31 3409 7166 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editor@rebep.org.br