Os métodos de distribuição de mortalidade propostos para cobertura do registro de óbitos por comparação com distribuições de idades censitárias pressupõem população fechada ou saldo migratório pequeno. Tal pressuposto dificulta a aplicação desses métodos para populações subnacionais e nacionais afetadas por saldos migratórios substanciais. Neste artigo, propomos e exploramos um processo de dois estágios no qual a Equação Geral de Balanceamento é usada, primeiro para calcular as taxas de migração, utilizando um modelo de migração específica por idade, e então utilizado para comparar as taxas de mortalidade observadas para idades sucessivas em contraste com estimativas residuais feitas pela taxa de entrada mais a taxa de saldo migratório menos a taxa de crescimento. Esta metodologia baseia-se na observação de que as taxas de migração possuem um padrão etário muito diferente das taxas de mortalidade; apenas quando esta condição é verdadeira, saldo migratório e mortalidade podem ser diferenciados. O procedimento aqui proposto funciona razoavelmente bem em populações que possuem bons dados e taxas de saldo migratório relativamente altas. Não há motivo para preferir o modelo de migração revisto em detrimento da fórmula original de Rogers-Castro.
Equação geral de balanceamento; Mortalidade; Migração