Resumo
No capitalismo contemporâneo de fluxos, as corporações cujos negócios dependem de recursos do território recorrem crescentemente a políticas sociais privadas visando favorecer a inserção territorial de seus projetos. Com o propósito de assegurar sua reputação, participam de uma disputa pela representação do espaço social mediante o uso crescente do instrumento visual dos diagramas. Entre os usos empresariais de diagramas, dois são aqui discutidos. Enquanto os diagramas de “responsabilidade social empresarial” pressupõem um espaço harmônico de parceria e cooperação, os mapeamentos ditos “de risco”, para uso interno das empresas, mostram a presença do dissenso e de ameaças ao rumo dos negócios. O texto faz uma leitura crítica da literatura do management empresarial e do material diagramático que a compõe e discute diagramas publicados em relatórios de sustentabilidade e responsabilidade social empresarial de grandes corporações do setor extrativo mineral.
Palavras-chave:
Diagramas; Responsabilidade Social Empresarial; Mapeamento de Riscos; Capitalismo de Fluxos; Indústria Extrativa