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“Sete anos de atraso na vida!”: sobre as tecnologias sociais de gestão da crise e da crítica no desastre da Samarco1 1 Agradeço à Faperj pela bolsa de pós-doutorado (Processo nº E-26/204.246/202), que permitiu a continuidade da pesquisa iniciada em meu doutorado, que, por sua vez, contou com o apoio da bolsa CAPES e de diversos projetos financiados pelo CNPq e pela Fapemig, no âmbito das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA/UFMG), no caso do desastre da Samarco.

“Seven years of setback in life!”: social technologies for managing crisis and criticism in the Samarco disaster

Resumo

Desde o rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015, no município de Mariana, a mediação foi determinada por agências do Estado em aliança com as mineradoras rés como a forma mais célere de resolução dos conflitos. Com base no discurso da ocorrência de um “acidente”, a construção do que seria uma “justiça possível” foi estabelecida por esses agentes como “a melhor” forma de tratamento à “excepcionalidade” da situação. Assim, atuando na linha tênue do Direito Constitucional e dos acordos extrajudiciais, tecnologias de gestão da crise e da crítica foram aplicadas ao caso para a reparação dos danos. Apoiando-se na leitura de documentos técnicos e jurídicos, bem como no trabalho de campo, o objetivo deste artigo é promover uma reflexão sobre as tecnologias sociais de gestão adotadas no desastre da Samarco.

Palavras-chave:
Mineração; Desastre; Mediação; Gestão; Justiça Possível

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