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Trançar Histórias, Cantar Memórias: narrativas e deslocamentos de uma mulher em situação de refúgio1 1 Este artigo é um desdobramento da dissertação de mestrado da autora, Levo o chão de onde vim: narrativas de mulheres em situação de refúgio no Rio de Janeiro, orientada pela dra. Adriana Facina e apresentada no Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (PPCULT/UFF), em agosto de 2020.

Resumo

Por meio de uma etnografia e de uma metodologia desenvolvida para esta pesquisa, busco narrar a trajetória de uma mulher em situação de refúgio e a relação que ela estabelece com a nova cidade de morada. Ruth nasceu em Angola, mas cresceu na República Democrática do Congo (RDC). Tem 35 anos, mora no Rio de Janeiro desde 2014, é mãe de três filhos e trabalha como cantora e atriz. É no convívio com congolesas numa galeria em Madureira e numa igreja evangélica em Brás de Pina, bairro onde mora, que ela se reconecta a suas raízes e se reinventa no novo território. A metodologia proposta, usando fotos, desenhos e objetos, revela as experiências de uma mulher negra refugiada na cidade onde foi viver. Este artigo tem o objetivo, portanto, de refletir sobre o modo como mulheres em condição de refúgio se reinventam a partir do lugar de fronteira e como práticas sociais forjam identidades, territórios, espacialidades.

Palavras-chave:
Mulheres Refugiadas; Narrativas Identitárias; Cultura; Territorialidades; Metodologia de Pesquisa

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