Resumo
Um grande desafio da cadeia produtiva da manga é a manutenção da qualidade pós-colheita desta fruta para exportação com o foco na segurança de alimentos. Este trabalho avaliou o efeito do tratamento hidrotérmico associado ao etanol sobre a qualidade da manga. Realizaram-se dois testes, e em ambos se utilizaram mangas ‘Tommy Atkins’. No primeiro, o tratamento térmico consistiu na imersão dos frutos em banho a 46,1°C/75 minutos, com concentrações de etanol 0, 5, 10 e 20% v/v, resfriamento em banho (21,1°C/30 minutos) e armazenados (25°C). No segundo, os frutos foram submetidos aos banhos, porém utilizaram-se concentrações de etanol a 0; 3; 5 e 7% v/v e armazenamento em 25°C e 10 ºC. Realizaram-se análises físico-químicas, fitopatológicas e porcentagem de podridão das mangas. Mangas tratadas com mais de 10% de etanol (armazenamento a 25°C), ou aquelas tratadas a concentrações de etanol inferiores a 7% (armazenados a 10ºC) não apresentaram boa aparência externa. Concluiu-se que o etanol, nas concentrações de 3; 5 e 7% v/v, associado à hidrotermia, não afetou os parâmetros de qualidade dos frutos armazenados a 25ºC, porém esses tratamentos diminuíram a vida de prateleira das mangas, uma vez que esses frutos amadureceram mais rápido, não sendo recomendados para tratamento das mangas para exportação.
Termos para indexação Álcool; Mangífera índica; Pós-colheita; Termoterapia