Resumo:
O melhoramento de Physalis peruviana é incipiente no Brasil e mostra-se como a alternativa mais promissora no desenvolvimento de genótipos produtivos e com qualidade de fruto. Sendo assim, o objetivo foi avaliar a capacidade de combinação entre linhagens endogâmicas de P. peruviana, indicando, assim, híbridos comqualidade de fruto. Para tanto, quatro populações de distintas origens (Colômbia, Lages,Caçador, Peru)foram submetidas a três gerações de autofecundação e a hibridação, totalizando28 genótipos. Utilizou-se um esquema de dialelo completo (Método 1 de Griffing) a fim de comparar o desempenho dos híbridos em relação aos genitores, com base nos efeitos dacapacidade geral e da capacidade específica de combinação. Os experimentos foramconduzidos em dois locais (Lages-SC e Xanxerê-SC), sob um delineamento de blocoscasualizados, com três repetições. Na análise de variância, o fator genótipo foi decomposto nasseguintes causas de variação: i) genitores e híbridos F1’s, ii) gerações de autofecundação e iii) interação genótipo x local. Houve diferenças significativas entre Genitores e híbridos F1’s parao caráter diâmetro polar do fruto. Foram observados valores significativos para adecomposição da interação: Capacidade específica x Local e Recíproco x Local. Porém, para oambiente de Xanxerê, houve redução de aproximadamente 3,0 mm no diâmetro polar do fruto,no híbrido Colômbia x Peru, e redução de 4,5 mm, para o recíproco (Peru x Colômbia). Comrelação às autofecundações, na comparação S0 vs. S1 para as populações Lages e Peru,houve redução na massa de frutos (0,380 g) e no rendimento de frutos (974,5kg.ha-1). Porém,de maneira geral, a qualidade de fruto não foi afetada em virtude dasautofecundações. As populações não manifestam desempenho promissor quando em combinações híbridas,revelando a existência de apenas um pool gênico de P. peruviana de restritabase genética.
Termos para indexação Physalis; capacidade de combinação; depressão por endogamia; homozigose