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Etnobotânica urbana em Petrópolis e Nova Friburgo (Rio de Janeiro, Brasil)

O principal objetivo desse trabalho foi estudar as plantas úteis comercializadas em feiras livres em Petrópolis e Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Os dados foram coletados utilizando as técnicas de observação participante, entrevistas semi-estruturadas e listagem livre com quatro comerciantes de plantas medicinais. A partir dessas entrevistas, 115 espécies (pertencentes a 49 famílias) foram relacionadas: 94 com uso medicinal, 12 com uso religioso e 9 com uso ornamental. Trinta por cento das espécies são nativas e 72% possuem hábito herbáceo. As famílias mais representativas foram Asteraceae (26 espécies) e Lamiaceae (10 espécies). As espécies medicinais indicadas para o tratamento de doenças do sistema respiratório foram mais freqüentes durante o outono e inverno. A espécie denominada como Espinheira-santa (Clarisia cf. ilicifolia) obteve o valor mais alto de Importância Relativa (1,8) e a mais alta colocação em todas as estações do ano utilizando o cálculo Preference Ranking, embora seus níveis de eficiência e toxidez não tenham sido ainda estabelecidos. O estudo se mostrou relevante, pois visa reunir o conhecimento dos informantes sobre as espécies que comercializam em feiras livres e mercados populares no estado do Rio de Janeiro, que representa uma valiosa fonte para a bioprospecção.

Etnobotânica; plantas medicinais; feira-livre; conhecimento local; Brasil


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