Maytenus obtusifolia é utilizada na medicina popular para o tratamento de úlceras graves, inflamações gerais e câncer. Apesar da importância etnofarmacológica desta espécie, nenhum estudo foi realizado para avaliar a sua toxicidade e atividade antiulcerogênica. Neste estudo, nós avaliamos a toxicidade e propriedade antiulcera do extrato etanólico das folhas de Maytenus obtusifolia (MO-EtOH). O MO-EtOH (10-1000 µg/mL) mostrou baixa toxicidade para as larvas de A. salina com CL50 maior que 1000 µg/mL. O MO-EtOH (2000 mg/kg, p.o.) nγo alterou o peso corporal e peso dos órgãos dos camundongos, mas foi observado um aumento no consumo de água dos machos e uma diminuição do consumo alimentar das fêmeas. Durante o estudo não foram observadas mortes e nem alterações macroscópicas nos órgãos dos camundongos. MO-EtOH (62,5, 125, 250 e 500 mg/kg) e lansoprazol (30 mg/kg) reduziram significativamente o índice ulcerativo para 65,58 ± 8,74, 43,00 ± 9,53, 15,50 ± 7,56, 54,75 ± 8,88 e 36,13 ± 9,55, respectivamente, em comparação com salina 82,13 ± 12,48. Em conclusão, o MO-EtOH apresentou baixa toxicidade e atividade antiulcerogênica, o que confirma o uso popular de M. obtusifolia.
Maytenus obtusifolia; Celastraceae; Artemia salina; toxicidade aguda oral; atividade antiulcerogênica
