rbfar
Revista Brasileira de Farmacognosia
Rev. bras. farmacogn.
0102-695X
1981-528X
Sociedade Brasileira de Farmacognosia
Curitiba, PR, Brazil
A review of the chemical and pharmacological profile of Strychnos species (Loganiaceae) found in South and in Central America is presented. It includes the folk uses, the isolated compounds as well as the pharmacological activities as reported in the literature.
REVISÃO
Strychnos L. da América do Sul e Central
Strychnos L. of South America and Central
M.A. SilvaI,II; A.R.M. Souza-BritoIV; C.A. Hiruma-LimaIII; L.C. SantosI; M. SannomiyaI; W. VilegasI,*
IDepartamento de Química Orgânica, Instituto de Química, UNESP, Caixa Postal 355, 14800-900, Araraquara, SP, Brasil
IIDepartamento de Fármacos e Medicamentos, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, Caixa Postal 502, 14801-902, Araraquara, SP, Brasil
IIIDepartamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, UNESP, Caixa Postal 510, Botucatu, 18618-000, SP, Brasil
IVDepartamento de Fisiologia e Biofísica, Instituto de Biociências, UNICAMP, 13083-970, Campinas, SP, Brasil
RESUMO
Uma revisão do perfil químico e farmacológico é apresentada de espécies de Strychnos (Loganiaceae) ocorrentes na América do Sul e Central, incluindo o uso popular, as substâncias isoladas e suas atividades biológicas.
Unitermos: Strychnos, Loganiaceae, alcalóides indólicos.
ABSTRACT
A review of the chemical and pharmacological profile of Strychnos species (Loganiaceae) found in South and in Central America is presented. It includes the folk uses, the isolated compounds as well as the pharmacological activities as reported in the literature.
Keywords: Strychnos, Loganiaceae, indole alkaloids.
INTRODUÇÃO
O gênero Strychnos é constituído por 150 espécies, que ocorrem no mundo inteiro, especialmente nas Américas do Sul e Central, na África, na Ásia e na Austrália (Aimi et al., 1989). A grande maioria destas espécies ocorre na forma de cipós ou arbustos de pequeno porte (Lorenzi, 1998). Apenas S. pseudoquina, uma espécie nativa da América do Sul, se apresenta como uma árvore de médio porte, tendo a sua altura variando de 3 a 5 m de altura (Lorenzi, 1998).
Plantas do gênero Strychnos L. (Loganiaceae) são conhecidas desde há muito tempo devido às propriedades farmacológicas das substâncias presentes em algumas de suas espécies. Esses princípios em geral são tetanizantes nas espécies asiáticas e curarizantes nas espécies americanas (Ducke, 1965). Philippe (2004) menciona que as espécies americanas produzem alcalóides derivados da estricnina e, por isso, causam efeitos tetanizante; cita ainda que as espécies asiáticas produzem alcalóides, que causam os efeitos curarizantes. O curare é um veneno de origem vegetal preparado por algumas tribos de índios que vivem nas regiões montanhosas e cobertas de matas da América Equatorial. O curare tem aspecto de alcatrão, possui sabor muito amargo e pode ser produzido por dois grupos de plantas: das do gênero Chondrodendron (família Menispermaceae, C. tomentosum, C. toxicofera e C. candicans), cuja principal classe de alcalóides é a dos isoquinolínicos, e daquelas do gênero Strychnos (Loganiaceae), que produzem os alcalóides indólicos monoterpênicos (Bruneton, 1999). Pelas suas diversas propriedades tóxicas é usado pelos índios tanto na caça, quanto na guerra (Biocaa, 1954). Várias espécies de Strychnos são usadas na elaboração do curare, tendo ação tóxica, como por exemplo às espécies: S. amazonica, S. castelnaeana, S. divaricans, S. fendleri, S. froessi, S. gardneri, S. guianensis, S. macrophylla, S. melinoniana, S. mitscherlichii var mitscherlichii, S. mitscherlichii var amapensis, S. panamensis, S. parvifolia, S. solimoesana, S. subcordata, S. tomentas, S. trinervis e S. toxifera, esta última a mais potente dentre elas. Outras espécies são tóxicas para o sistema nervoso central, mas, surpreendentemente, a única espécie americana da qual foi isolada a estricnina é S. panamensis (Tabela 1).
Algumas espécies do gênero Strychnos têm importância comercial, sendo que a mais conhecida é S. ignatii empregada em homeopatia (Bruneton, 1999). O Escritório Europeu de Patentes já registrou o depósito de dezesseis pedidos, que envolvem desde o preparo de medicamentos contra insuficiência cardíaca e para o tratamento de dependência alcoólica até para a obtenção de surfactantes naturais (European, 2004).
Embora várias espécies sejam tóxicas, muitas vêm sendo utilizadas popularmente para diversas afecções. A maioria das espécies usadas popularmente emprega o chá das folhas ou cascas (Angenot et al., 1990b; Frederich et al., 2000), com as subseqüentes ações farmacológicas: estimulante e tônica (S. acuta, S. brasiliensis, S. guianensis, S.pseudoquina, S. rubiginosa e S. trinervis), contra problemas estomacais e abdominais (S. erichsonii, S. pseudoquina e S. trinervis), antipirética e antimalárica (S. brasiliensis, S. fendleri e S. pseudoquina), analgésica e antireumática (S. javariensis, S. panamensis e S. tansentosa), espasmolitica (S. toxifera), no tratamento de doenças venéreas (S. erichsonii), como abortiva (S. erichsonii), como afrodisíaca (S. erichsonii, S. melinoniana, S. mitscherlichii var. mitscherlichii, S. nigricans e S. oiapocensis) e no tratamento da anemia (S. guianensis) (Tabela 1).
No levantamento bibliográfico realizado, utilizou-se, dentre outras, a base de dados Web of Science e o Medline, no período de 1970 até 2004. Esse levantamento mostra que foram investigadas 81 espécies americanas, o que representa 54% do total das espécies descritas. As investigações fitoquímicas enfocam apenas o isolamento de alcalóides indólicos e bisindólicos (Tabela 1). Dos cerca de noventa alcalóides isolados, apenas um alcalóide bisbenzilisoquinolínico a warifiteina, foi relatado em S. divaricans (Mukherjee et al., 2003), (Tabela 1). Segundo Verpoorte (1977), os alcalóides indólicos monoterpênicos são subdivididos em 3 séries em função da substituição no C3: a série normal apresenta um hidrogênio no C3, como por exemplo a estricnina (20); a série pseudo apresenta uma hidroxila no C3, como a 3-hidroxidiabolina (19b) e a série N-metil-seco-pseudo apresenta uma carbonila no C3 e o nitrogênio apresenta-se substituído, geralmente com um grupamento metila, como a 10,11-dimetoxiestricnobrasilina (34b).
A literatura reporta algumas revisões sobre o gênero Strychnos (Bisset, 1970; Bisset et al., 1971; Bisset, 1974; Bisset et al., 1976; Ohiri et al., 1983), sendo que o mais recente data de 1990 (Angenot et al., 1990b). Nelas foram incluídas informações etnobotânicas, etnofarmacológicas e químicas de espécies ocorrentes em todo o mundo.
Dada a importância do gênero Strychnos, apresentamos uma revisão das espécies encontradas na América do Sul e Central, compreendendo o uso popular, as moléculas isoladas e suas atividades biológicas. As informações foram transcritas da forma como constam na literatura original, incluindo a forma como foram representadas as estruturas moleculares (Tabela 2). Alguns casos apenas relatam a ocorrência da espécie, sem qualquer investigação química ou farmacológica.
Os presentes autores estão investigando a constituição química e as ações farmacológicas das espécies S. pseudoquina, S. brasiliensis, S. bicolor e S. trinervis, dos estados do Tocantins e de São Paulo, onde os chás dessas espécies são usados contra afecções gástricas e no tratamento da malária.
CONCLUSÃO
Existem dois mecanismos tóxicos associados com os alcalóides presentes nas espécies de Strychnos: o efeito convulsivante - tetanizante, causado pela estricnina e seus derivados, e o efeito da paralisia dos músculos, efeito este causado pelos alcalóides quaternários presentes nas espécies (Philippe et al., 2004).
Em geral, pudemos observar que os alcalóides terciários estão envolvidos com a atividade tetanizante, enquanto que os alcalóides quaternários, particularmente os bis-indólicos, estão implicados na atividade curarizante. Isso pode ser explicado pela maior solubilidade dos alcalóides quaternários em água, e devido ao fato de que a atividade tetanizante é conseqüência de ação sobre o sistema nervoso central, ao passo que a ação curarizante se dá sobre as placas motoras que estão envolvidas na contração muscular.
As espécies da América do Sul e Central apresentam tanto os alcalóides quaternários quanto os derivados da estricnina. A única espécie da América do Sul da qual foi isolada a estricnina é S. panamensis. Contudo, diversas outras espécies latino-americanas produzem derivados tóxicos da estricnina, o que alerta para o risco a que estão sujeitas as populações que usam essas espécies como fonte de cura para as suas enfermidades.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Fapesp, pelo auxilio à pesquisa e pela bolsa concedida à M.S., ao CNPq , por bolsas à A.R.M.S.B. e W.V e à Capes, pela bolsa concedida a M.A.S.
Recebido em 18/10/04
Aceito em 12/08/05
*
E-mail:
vilegasw@iq.unesp.br, Tel. + 55-16-33016668
Aimi N, Sakai SI, Ban Y 1989. Alkaloids of Strychnos and Gardneria species. In: The Alkaloids. California: Academic Press, INC, p. 1-69.
The Alkaloids
1989
1
69
Aimi
N
Sakai
SI
Ban
Y
Angenot L, Belem PML, Imbiriba RAF, Poukens RP, Quetim-Leclercq J, Warin R 1990a. An indolinic cryptoalkaloid from Strychnos mattogrossensis. Phytochemistry 29: 2746-2749.
An indolinic cryptoalkaloid from Strychnos mattogrossensis
Phytochemistry
1990
2746
2749
29
Angenot
L
Belem
PML
Imbiriba
RAF
Poukens
RP
Quetim-Leclercq
J
Warin
R
Angenot L, Quertin-Leclercq J, Bisset NG 1990b. South american Strychnos species. Ethnobotany (except curare) and alkaloid screening. J Ethnopharmacol 28: 1-52.
South american Strychnos species: Ethnobotany (except curare) and alkaloid screening
J Ethnopharmacol
1990
1
52
28
Angenot
L
Quertin-Leclercq
J
Bisset
NG
Angenot L, Quetin-Leclercq J, Llabres G, Warins R, Belem PML, Manga MH 1995. Guianensine, a zwitterionic alkaloid from Strychnos guianensis. Phytochemistry 40: 1557-1560.
Guianensine, a zwitterionic alkaloid from Strychnos guianensis
Phytochemistry
1995
1557
1560
40
Angenot
L
Quetin-Leclercq
J
Llabres
G
Warins
R
Belem
PML
Manga
MH
Belem PML, Couceiro RPC, Rocha AFI, Monte FJQ, Villar JDF 2002. A new strycnobrasiline base of Strychnos mattogrossensis. Nat Prod Lett 16: 229-223.
A new strycnobrasiline base of Strychnos mattogrossensis
Nat Prod Lett
2002
229
223
16
Belem
PML
Couceiro
RPC
Rocha
AFI
Monte
FJQ
Villar
JDF
Bettolo M, Battista G, Galeffi C, Nicoletti M, Messana I 1980. Alkaloids of Strychnos rubiginosa. Phytochemistry 19: 992-994.
Alkaloids of Strychnos rubiginosa
Phytochemistry
1980
992
994
19
Bettolo
M
Battista
G
Galeffi
C
Nicoletti
M
Messana
I
Biocaa E 1954. Pesquisa sobre o método de preparação do curare pelos índios. Revista do Museu Paulista N.S 8: 164-226.
Pesquisa sobre o método de preparação do curare pelos índios
Revista do Museu Paulista N.S
1954
164
226
8
Biocaa
E
Bisset NG 1970. The African species of Strychnos. Part I. The ethnobotany. Lloydia 33: 201-243.
The African species of Strychnos: Part I. The ethnobotany
Lloydia
1970
201
243
33
Bisset
NG
Bisset NG, Phillipson JD 1971. The African species of Strychnos. Part II. The alkaloids. Lloydia 34: 1-60.
The African species of Strychnos: Part II. The alkaloids
Lloydia
1971
1
60
34
Bisset
NG
Phillipson
JD
Bisset NG 1974. The Asian species of Strychnos. Part III. The ethnobotany. Lloydia 37: 62-107.
The Asian species of Strychnos: Part III. The ethnobotany
Lloydia
1974
62
107
37
Bisset
NG
Bisset NG, Phillipson JD 1976. The Asian species of Strychnos. Part IV. The alkaloids. Lloydia 39: 363-325.
The Asian species of Strychnos: Part IV. The alkaloids
Lloydia
1976
363
325
39
Bisset
NG
Phillipson
JD
Bruneton J 1999. Monoterpenoid indole alkaloids. In: Pharmacognosy, phytochemistry and medical plant. 2 ed. France: Lavoisier Publishing, p. 1000-1043.
Pharmacognosy, phytochemistry and medical plant
1999
1000
1043
Bruneton
J
De Medeiros CLC, Thomas G, Mukherjee R 1991. The source of Ca2+ for the spasmolytic actions of longicaudatine, a bisindole alkaloid isolated from Strychnos trinervis. Phytother Res 5: 24-28.
The source of Ca2+ for the spasmolytic actions of longicaudatine, a bisindole alkaloid isolated from Strychnos trinervis
Phytother Res
1991
24
28
5
De Medeiros
CLC
Thomas
G
Mukherjee
R
Delle-Manache F, Aldo PT, Bettolo GBM 1969. Occurrence of nor-dihydrotoxiferine in Strychnos pseudoquina St. Hil. Tetrahedron Lett 25: 2009-2012.
Occurrence of nor-dihydrotoxiferine in Strychnos pseudoquina St. Hil
Tetrahedron Lett
1969
2009
2012
25
Delle-Manache
F
Aldo
PT
Bettolo
GBM
Ducke A 1965. O gênero Strychnos no Brasil. Boletim Técnico do Instituto Agronômico do Norte 30: 1-64.
O gênero Strychnos no Brasil
Boletim Técnico do Instituto Agronômico do Norte
1965
1
64
30
Ducke
A
European Office of Patent: banco de dados. http://www.inpi.gov.br/sites/links.htm, acessada em 04 março de 2004.
European Office of Patent: banco de dados
Frederich M, Depauw MC, Llabres G, Tits M, Hayette MP, Brandt V, Penelle J, Demol P, Angenot L 2000. New antimalarial and cytotoxic sungucine derivatives from Strychnos icaja roots. Planta Med 66: 262-269.
New antimalarial and cytotoxic sungucine derivatives from Strychnos icaja roots
Planta Med
2000
262
269
66
Frederich
M
Depauw
MC
Llabres
G
Tits
M
Hayette
MP
Brandt
V
Penelle
J
Demol
P
Angenot
L
Forgacs P, Jehanno A, Provost J, Thal C, Guilhem J, Pascard C, Moretti C 1986. An indole alkaloid from Strychnos erichsonii. Phytochemistry 25: 969-971.
An indole alkaloid from Strychnos erichsonii
Phytochemistry
1986
969
971
25
Forgacs
P
Jehanno
A
Provost
J
Thal
C
Guilhem
J
Pascard
C
Moretti
C
Galeffi C, Marini-Bettolo GB 1981. On the alkaloids of Strychnos-XXXVI. Tetrahedron 37: 3167-3170.
On the alkaloids of Strychnos-XXXVI
Tetrahedron
1981
3167
3170
37
Galeffi
C
Marini-Bettolo
GB
Galeffi C, Patamia M, Nicoletti M, Messana I, Marini-Bettolo GB 1982. 3-hydroxydiaboline, a tertiary alkaloid from Strychnos castelnaeana. Phytochemistry 21: 2393-2395.
3-hydroxydiaboline, a tertiary alkaloid from Strychnos castelnaeana
Phytochemistry
1982
2393
2395
21
Galeffi
C
Patamia
M
Nicoletti
M
Messana
I
Marini-Bettolo
GB
Iwataki I, Comin J 1971. Studies on Argentine plants-XXXI. Tetrahedron 27: 2541-2552.
Studies on Argentine plants-XXXI
Tetrahedron
1971
2541
2552
27
Iwataki
I
Comin
J
Juliem LD 1999. Fruit consumption, seed dispersal and fate in the vine Strychnos erichsonii in a Freanch Guianan forest. Revue d' Ecologie la Terre et la Vie 54: 315-326.
Fruit consumption, seed dispersal and fate in the vine Strychnos erichsonii in a Freanch Guianan forest
Revue d' Ecologie la Terre et la Vie
1999
315
326
54
Juliem
LD
Lorenzi H 1998. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2.ed. Nova Odessa: Plantarum.
Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil
1998
Lorenzi
H
Manga MH, Quetin-Leclercq J, Llabres G, Belem PML, Arnaldo F, Rocha I, Angenot L 1996. 9-Methoxygeissoschizol, an alkaloid from bark of Strychnos guianensis. Phytochemistry 43: 1125-1127.
9-Methoxygeissoschizol, an alkaloid from bark of Strychnos guianensis
Phytochemistry
1996
1125
1127
43
Manga
MH
Quetin-Leclercq
J
Llabres
G
Belem
PML
Arnaldo
F
Rocha
I
Angenot
L
Mukherjee R, Melo MDF, Santos CAM, Das BC, Guittet E 1990. Trinervine, a new indole alkaloid from Strychnos trinervis. Heterocycles 31: 1819-1822.
Trinervine, a new indole alkaloid from Strychnos trinervis
Heterocycles
1990
1819
1822
31
Mukherjee
R
Melo
MDF
Santos
CAM
Das
BC
Guittet
E
Mukherjee R, Silva BA, Das BC, Keifer PA, Shoolery JN 1991. Structure and strereochemistry of divaricine, a new bisindole alkaloid from Strychnos divaricans. Heterocycles 32: 985-990.
Structure and strereochemistry of divaricine, a new bisindole alkaloid from Strychnos divaricans
Heterocycles
1991
985
990
32
Mukherjee
R
Silva
BA
Das
BC
Keifer
PA
Shoolery
JN
Mukherjee R, Das BC, Keifer PA, Shoolery JN 1994. Structure and stereochemistry of divarine another new bisindole alkaloid from Strychnos divaricans. Heterocycles 38: 1965-1970.
Structure and stereochemistry of divarine another new bisindole alkaloid from Strychnos divaricans
Heterocycles
1994
1965
1970
38
Mukherjee
R
Das
BC
Keifer
PA
Shoolery
JN
Mukherjje R, Silva TMS, Guimarães JBL, Oliveira ED, Keifer PA, Shoolery JN 1997. Tertiary alkaloid fraction of Strychnos atlantica: Confirmation of the identity and structures of indole alkaloids by high field nuclear magnetic resonsnce spectroscopy. Phytochem Anal 8: 115-119.
Tertiary alkaloid fraction of Strychnos atlantica: Confirmation of the identity and structures of indole alkaloids by high field nuclear magnetic resonsnce spectroscopy
Phytochem Anal
1997
115
119
8
Mukherjje
R
Silva
TMS
Guimarães
JBL
Oliveira
ED
Keifer
PA
Shoolery
JN
Mukherjee R, Keifer PA 2003. Warifteine and methylwarifteine: 1H and 13C assigments by two dimensional NMR spectroscopy. Org Magn Reson 41: 213-218.
Warifteine and methylwarifteine: 1H and 13C assigments by two dimensional NMR spectroscopy
Org Magn Reson
2003
213
218
41
Mukherjee
R
Keifer
PA
Nicoleti M, Goulart MOF, Delima RA, Goulart AE, Delle-Monache F, Bettolo GBM 1984. Flavonoids and alkaloids from Strychnos pseudoquina. J Nat Prod 47: 953-957.
Flavonoids and alkaloids from Strychnos pseudoquina
J Nat Prod
1984
953
957
47
Nicoleti
M
Goulart
MOF
Delima
RA
Goulart
AE
Delle-Monache
F
Bettolo
GBM
Ohiri FC, Verpoorte R, Baerheim SA 1983. The African Strychnos species and their alkaloids: A review. J Ethnopharmacol 9: 167-223.
The African Strychnos species and their alkaloids: A review
J Ethnopharmacol
1983
167
223
9
Ohiri
FC
Verpoorte
R
Baerheim
SA
Oliveira EJ, Medeiros IA, Mukherjje R 1996. Hypotensive and spasmolytic effects of normascusine B from Strychnos atlantica root. Phytomedicine 3: 45-49.
Hypotensive and spasmolytic effects of normascusine B from Strychnos atlantica root
Phytomedicine
1996
45
49
3
Oliveira
EJ
Medeiros
IA
Mukherjje
R
Penelle J, Monique T, Philippe C, Viviane B, Michel F, Angenot L 1999. Guiaflavine a new bisindole quaternary alkaloid from the stem bark of Strychnos guianensis. J Nat Prod 62: 898-900.
Guiaflavine a new bisindole quaternary alkaloid from the stem bark of Strychnos guianensis
J Nat Prod
1999
898
900
62
Penelle
J
Monique
T
Philippe
C
Viviane
B
Michel
F
Angenot
L
Penelle J, Monique T, Philippe C, Viviane B, Michel F, Angenot L, Jordi M 2000. Quaternary indole alkaloids from the bark of Strychnos guianensis. Phytochemistry 53: 1057-1066.
Quaternary indole alkaloids from the bark of Strychnos guianensis
Phytochemistry
2000
1057
1066
53
Penelle
J
Monique
T
Philippe
C
Viviane
B
Michel
F
Angenot
L
Jordi
M
Penelle J, Monique T, Philippe C, Viviane B, Michel F, Angenot L, Jordi M 2001. 5',6'-Dehydroguiachrysine and 5',6'-dehydroguiaflavine, two curarizing quaternary indole alkaloids from the stem bark of Strychnos guianensis. Phytochemistry 58: 619-626.
5',6'-Dehydroguiachrysine and 5',6'-dehydroguiaflavine, two curarizing quaternary indole alkaloids from the stem bark of Strychnos guianensis
Phytochemistry
2001
619
626
58
Penelle
J
Monique
T
Philippe
C
Viviane
B
Michel
F
Angenot
L
Jordi
M
Pinheiro MLB 2000. Contribuição ao estudo fitoqúimico do gênero Strychnos da flora Amazônica. Fortaleza, 260p. Tese de Doutorado em Química Orgânica - Universidade Federal do Ceará, UFC.
Contribuição ao estudo fitoqúimico do gênero Strychnos da flora Amazônica
2000
Pinheiro
MLB
Phillipe G, Angenot L, Monique T, Michel F 2004. About the toxicity of some Strychnos species and their alkaloids. Toxicon 44: 405-416.
About the toxicity of some Strychnos species and their alkaloids
Toxicon
2004
405
416
44
Phillipe
G
Angenot
L
Monique
T
Michel
F
Silva TMS, Silva BA, Mukherjje R 1999. The monoterpene alkaloid cantleyine from Strychnos trinervis root and its spasmolytic properties. Phytomedicine 6: 169-176.
The monoterpene alkaloid cantleyine from Strychnos trinervis root and its spasmolytic properties
Phytomedicine
1999
169
176
6
Silva
TMS
Silva
BA
Mukherjje
R
Silva BA, Dearaujo AP, Mukherjee R, Chiappeta AD 1993. Bisnordihydrotoxiferine and vellosimine from Strychnos divaricans root spamolytic properties of bisnordihydrotoxiferine. Phytother Res 7: 419-424.
Bisnordihydrotoxiferine and vellosimine from Strychnos divaricans root spamolytic properties of bisnordihydrotoxiferine
Phytother Res
1993
419
424
7
Silva
BA
Dearaujo
AP
Mukherjee
R
Chiappeta
AD
Thomas G, Diniz MFFM, Mukherjje R 1992. Further studies on the antidiarrheal activity of binordihydrotoxiferine, a tertiary indole alkaloid in rodents. Phytother Res 6: 84-88.
Further studies on the antidiarrheal activity of binordihydrotoxiferine, a tertiary indole alkaloid in rodents
Phytother Res
1992
84
88
6
Thomas
G
Diniz
MFFM
Mukherjje
R
Verpoorte R, Hylands PJ, Bisset NG 1997. Carbon-13 NMR spectroscopy of some Strychnos alkaloids. Org Magn Reson 9: 567-571.
Carbon-13 NMR spectroscopy of some Strychnos alkaloids
Org Magn Reson
1997
567
571
9
Verpoorte
R
Hylands
PJ
Bisset
NG
Authorship
M.A. Silva
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, Brazil
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas , Departamento de Fármacos e Medicamentos, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas , Departamento de Fármacos e Medicamentos, Araraquara, São Paulo, Brazil
A.R.M. Souza-Brito
Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia e Biofísica, Campinas, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual de CampinasBrazilCampinas, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual de Campinas, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia e Biofísica, Campinas, São Paulo, Brazil
C.A. Hiruma-Lima
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia, Botucatu, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilBotucatu, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia, Botucatu, São Paulo, Brazil
L.C. Santos
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, Brazil
M. Sannomiya
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, Brazil
W. Vilegas
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, Brazil
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia, Botucatu, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilBotucatu, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia, Botucatu, São Paulo, Brazil
Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia e Biofísica, Campinas, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual de CampinasBrazilCampinas, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual de Campinas, Instituto de Biociências , Departamento de Fisiologia e Biofísica, Campinas, São Paulo, Brazil
Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Instituto de Química , Departamento de Química Orgânica, Araraquara, São Paulo, Brazil
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas , Departamento de Fármacos e Medicamentos, Araraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual PaulistaBrazilAraraquara, São Paulo, BrazilUniversidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas , Departamento de Fármacos e Medicamentos, Araraquara, São Paulo, Brazil
Silva, M.A. et al. Strychnos L. of South America and Central. Revista Brasileira de Farmacognosia [online]. 2005, v. 15, n. 3 [Accessed 14 April 2025], pp. 256-267. Available from: <https://doi.org/10.1590/S0102-695X2005000300017>. Epub 06 May 2008. ISSN 1981-528X. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2005000300017.
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.