A atividade neurotóxica das substâncias polares extraídas da alga vermelha Galaxaura marginata foi estudada por meio de ensaios farmacológicos, utilizando-se algas coletadas no canal de São Sebastião (45º25' W; 26º49' S), litoral norte do estado de São Paulo, Brasil. Altas concentrações da fração polar (PF) e da PF filtrada em membrana de 1000 Da, injetadas intraperitonealmente em camundongos, foram letais. Induzindo os animais à ataxia, desorientação e severa atonia muscular prévias à morte. Sintomas similares foram descritos para camundongos e ratos testados com aminoácidos neuroexcitatórios (NEA), sugerindo que alguns dos componentes da PF atravessam a barreira Hematoencefálica, da mesma forma que os NEA. No entanto, a análise da PF no HPLC e no espectro de massa não mostraram a presença dos aminoácidos neuroexcitatórios conhecidos, ácido Caínico, acido Domóico e NMDA. Assim concluímos que G. marginata possui substâncias com atividade letal e neurotóxica, diferentes às antes, descritas.
Galaxaura marginata; neurotóxico; neuroexcitatório; alga