OBJETIVO: Verificar os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) associada a um programa de treinamento isocinético em homens e mulheres jovens e sadios. MÉTODOS: Vinte indivíduos (dez homens, dez mulheres, 21±1,5 anos) submeteram-se a um programa de treinamento isocinético de ambos os seus extensores de joelho (três séries de dez repetições concêntricas a 30°/s) duas vezes por semana por quatro semanas. Um membro foi submetido apenas ao treinamento de força isocinético (Ex) enquanto o outro foi submetido ao mesmo treinamento, mas com EENM associada a cada contração (Ex+EENM). A corrente utilizada para a EENM foi a corrente russa (frequência de 2.500Hz, 50 bursts/s, duração de pulso de 200µs). O protocolo de avaliação incluiu o torque extensor isométrico e isocinético concêntrico a 30°/s. RESULTADOS: Os grupos aumentaram seu pico de torque em ambas as modalidades testadas, sem diferença entre Ex e Ex+EENM. O ângulo do pico de torque aumentou para o membro Ex, mostrando uma alteração da relação comprimento-tensão do grupo muscular testado, o que não aconteceu com o membro Ex+EENM. Houve também uma diminuição no tempo de aceleração de ambos os membros, sem efeito da EENM sobre este parâmetro. CONCLUSÕES: Estes resultados mostraram que a associação entre a EENM e o treinamento voluntário isocinético concêntrico não melhorou os ganhos de força e de propriedades neuromusculares do próprio treinamento de força voluntário para sujeitos jovens e sadios de ambos os gêneros.
estimulação elétrica; músculo quadríceps; força muscular; propriedades neuromusculares; relação comprimento-tensão