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Duas semanas de imobilização do cotovelo afetam a produção de torque, porém não alteram a ativação elétrica

Contextualização: A imobilização tem sido amplamente utilizada para recuperação de lesões musculoesqueléticas, entretanto essa técnica causa déficits funcionais no sistema musculoesquelético. Existe uma série de evidências demonstrando redução da força devido à hipotrofia muscular e um incremento do percentual de fibras rápidas, embora as contribuições relativas à lesão ou à imobilização ainda não estejam totalmente esclarecidas. Objetivo: Verificar a influência da imobilização do cotovelo na relação torque-ângulo e na ativação elétrica dos flexores e extensores em sujeitos saudáveis. Métodos: Dezoito sujeitos do sexo masculino (22-42 anos) foram divididos em um grupo controle (n=11) e em um grupo imobilizado (n=7). Todos os sujeitos realizaram os mesmos testes duas vezes, com intervalo de 14 dias. O grupo imobilizado teve seu cotovelo não-dominante imobilizado com uma tala gessada no ângulo de 90º durante 14 dias. O torque máximo isométrico foi obtido nos ângulos de 150°, 120°, 90° e 60°. Resultados: Houve redução de 16% no torque máximo após a imobilização, o que não pode ser explicado por alterações na medida de perimetria ou na ativação elétrica muscular. Conclusões: A imobilização de 14 dias produziu uma redução no torque máximo isométrico do cotovelo, porém não alterou a ativação elétrica em sujeitos saudáveis. Essa redução parece estar relacionada à hipotrofia muscular e, provavelmente, menos intensa quando comparada à imobilização após lesões musculoesqueléticas.

imobilização; eletromiografia; torque; cotovelo


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