CONTEXTUALIZAÇÃO: As crianças estão expostas a um conjunto de fatores de risco ergonômicos na fase escolar. Tais fatores tornam a escola um ambiente propício ao desenvolvimento de alterações musculoesqueléticas, assim como para a implementação de programas de cuidados com a coluna vertebral. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa educacional de cuidados com a coluna sobre o nível de conhecimento de escolares brasileiros quanto à prevenção de dor na coluna vertebral. MÉTODOS: Trezentos e noventa e dois estudantes da 4ª à 8ª série de uma escola estadual participaram do estudo, sendo que 114 deles (30%) foram avaliados no follow up. O programa foi composto por avaliações pré, pós-intervenção e follow up, por aulas teóricas e práticas. O intervalo entre as avaliações pré e pós-intervenção foi de nove semanas e, entre a avaliação pré e o follow up, foi de dois anos. A análise estatística incluiu ANOVA não-paramétrica e o nível de significância foi de 5%. RESULTADOS: Houve diferença significativa no nível de conhecimento (pfollow up (5,1±2,5), sendo que a pontuação no follow up foi significativamente superior à do pré-teste. Foi encontrada diferença significativa entre as séries, sendo que a 8ª série atingiu pontuação maior que as demais (p CONCLUSÃO: O programa preventivo proporcionou aumento no nível de conhecimento dos estudantes, mesmo após dois anos de sua implementação. Embora o programa tenha limitações, a aquisição de conhecimento é o primeiro passo para a adoção de hábitos posturais saudáveis para a prevenção de dores na coluna vertebral.
postura; estudos de intervenção; prevenção primária; estudantes; fisioterapia