As médias móveis de 12 meses centradas a cada 3 meses (4 valores por ano) das precipitações no Nordeste do Brasil (NE) passaram por uma Análise Espectral de Máxima Entropia e os resultados foram comparados com análises similares para outros parâmetros. As características das chuvas no NE setentrional e oriental foram quase similares, mas diferiam consideravelmente das chuvas no NE meridional. Na região do QBO, o NE setentrional teve pequenas periodicidades em 2,03 e 2,45 anos, o NE teve fortes periodicidades em 2,26 e 2,60 anos enquanto o NE meridional não teve nenhum significante QBO. O vento zonal equatorial teve o pico mais forte em 2,33 anos, um pico menor em 2,64 anos e outro ainda menor em ~2,00 anos. O índice de oscilações meridional T-D (pressão atmosférica do Taiti, menos em Darwin), teve picos em 2,05 e 2,56 anos enquanto que a EEP-SST (temperatura da superfície do mar no Pacífico Oriental Equatorial) teve picos em 2,10 e 2,57 anos. O SST do Atlântico Norte e Sul teve picos em (2,10-2,15) anos enquanto o SST na costa NE do Brasil teve pico em 2,29 anos e a tensão dos ventos teve picos em 2,20 anos. Na região QTO, o vento em 50mb teve um pequeno pico em 3,2 anos e a tensão de ventos na costa NE teve pico em 3,3 anos. Todos os outros parâmetros, incluindo todos os 3 índices regionais de chuvas no NE do Brasil, tiveram picos significantes próximos de 3,5 anos. Apareceram também picos nas faixas de (4,5-5,0) anos e (9,5-13,9) anos. Todos os três índices de precipitação tiveram correlação moderada com T-D e EEP-SST (~0,3) e o vento em 50mb (~0,4). As correlações com o SST no Atlântico Norte e Sul foram mais altas (~0,5) e também com o SST costal do NE (~0,6). A precipitação do NE oriental teve alta correlação (0,5) com a tensão de vento costal do NE.
Oscilação Quasi-biennial; Nordeste do Brasil; Precipitação
