INTRODUÇÃO: com o envelhecimento, ocorre perda gradual do volume da massa muscular, responsável por quase toda a perda da força nos idosos. Estudos têm mostrado que a atividade física pode diminuir a morbidade por doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e aumentar a autonomia e independência. OBJETIVO: analisar a associação entre nível de atividade física, risco cardiovascular e o polimorfismo do gene da Apolipoproteína E em idosos. MÉTODOS: estudo retrospectivo, observacional a partir de um banco de dados de base populacional onde foram selecionados idosos sedentários e com histórico de atividade física regular que eram portadores e não portadores do alelo e4 do gene da apolipoproteína E. Foram aplicados os seguintes questionários: (a) International Physical Activity Questionnaire (IPAC); (b) recordatório 24 horas e miniquestionário de frequência alimentar; (c) análises bioquímicas do perfil lipídico e glicêmico. RESULTADOS: 255 idosos foram investigados; destes, 51 (20%) eram homens e 204, mulheres (80%). A idade média da amostra foi de 67,8±5.9 anos de idade (mínimo 60 máximo 86 anos). A frequência dos alelos foi de: alelo e3 =0.78, e4=0.16 e e2=0.06; 45 idosos (17.6%) possuíam pelo menos um alelo e4 e eram sedentários, 31 (12.2%) possuíam pelo menos um alelo e4 e apresentava atividade física regular (ativa), 50 (19.6%) foram classificados como tendo os demais alelos da apoE (e2/e3) e ativos enquanto 129 (60.6%) eram e2/e3 e sedentários. CONCLUSÃO: a atividade física poderia ser um fator importante na atenuação dos efeitos genéticos negativos associados ao alelo e4 do polimorfismo da apoE.
Envelhecimento; Idosos; Atividade Física; Polimorfismos Genéticos; Apolipoproteínas E; Doença Cardiovascular; Apo E; Risco Cardiovascular