Resumo
Objetivo:
analisar o comportamento sexual de pacientes idosas atendidas em um ambulatório de ginecologia, durante um ano, estimando, dentre outros, a proporção das sexualmente ativas, das que possuem interesse sexual e das que consideram o sexo importante para a qualidade de vida.
Método:
o estudo é transversal, descritivo e exploratório. Foi realizado um estudo piloto para ajustes e validação do instrumento de coleta de dados. A amostra foi composta por 100 mulheres para avaliação de características sociodemográficas e do comportamento sexual, incluindo questões sobre a prática sexual, e fatores interferentes. Após realizar a análise descritiva, as associações foram verificadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando uma significância de 5,0%.
Resultados:
observou-se que 60,0% das idosas sentem desejo sexual, porém 26,0% são sexualmente ativas; Apesar de 75,5% relatarem que o envelhecimento não melhora a qualidade sexual, 83,0% acreditam ser importante para a qualidade de vida e 78,0% afirmam não haver idade para o fim das relações. A visão cultural sobre o idoso pode interferir na manutenção da vida sexual, uma vez que 51,0% afirmam se sentirem vítimas de preconceito sexual devido à idade.
Conclusão:
a sexualidade está diretamente relacionada à percepção de qualidade de vida e, por ser uma função vital humana, pode interferir no desempenho social, profissional, físico e psíquico do indivíduo. A prática e o desejo sexual não são extintos com o envelhecimento, contrariando o mito de que a pessoa idosa é um ser assexuado.
Palavras-chaves:
Sexualidade; Idoso; Envelhecimento