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Quais condições se associam à polifarmácia em uma população geriátrica?

Resumo

Objetivo

Investigar a prevalência de polifarmácia e os seus fatores associados no espaço da Atenção Primária à Saúde em Caicó (RN, Brasil).

Método

Trata-se de um estudo de prevalência de abordagem quantitativa com amostra final de 295 pessoas idosas.

Resultados

A prevalência de polifarmácia foi de 22%. A maioria dos participantes tinha entre 60 e 79 anos (76%), cor parda (50,5%), era casada (43,1%), ensino fundamental incompleto (60,3%) e renda entre um e três salários-mínimos (74,2%). Os fármacos mais utilizados foram os bloqueadores dos receptores de angiotensina (26,1%), as estatinas (20,3%) e os diuréticos tiazídicos (19,3%). O modelo de regressão logística multivariada mostrou que a polifarmácia se associa com diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, transtorno de ansiedade generalizada, gastrite, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana e idade acima de 80 anos.

Conclusão

A polifarmácia é uma condição de alta prevalência, fortemente associada ao aumento da idade, do tipo e do número de comorbidades. A problemática aponta para a necessidade de fortalecer ações e políticas de promoção da saúde, educação profissional permanente, fortalecimento do trabalho em equipe e prestação de cuidado longitudinal e em rede, em vista do risco iatrogênico do uso de muitos medicamentos por parte dos idosos.

Palavras-Chave:
Polimedicação; Idoso; Atenção Primária à Saúde

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