Resumo
Objetivo:
Analisar a prevalência de insatisfação com a vida e fatores sociodemográficos associados.
Método:
Estudo transversal, de base populacional. A coleta dos dados foi realizada utilizando-se o questionário Brasil Old Age Schedule (BOAS). Foram entrevistados 573 idosos da zona urbana selecionados por meio de amostragem por conglomerados, estratificada por sexo. A análise bivariada foi realizada por meio do teste qui-quadrado e razão de prevalência com intervalo de confiança (IC) de 95%. Para a análise multivariada foi aplicada o modelo de regressão de Poisson Robusto. A entrada das variáveis no modelo foi realizada utilizando o método backward.
Resultados:
A prevalência de insatisfação com a vida foi de 15,53%. A insatisfação com a vida está associada ao sexo feminino (RP=1,54; IC 95%: 1,02; 2,32), ser analfabeto (RP=2,57; IC95%: 1,44; 4,60), ter até 4 anos de estudo (RP=1,79; IC95%: 1,01; 318) e possuir renda menor que dois salários mínimos (RP=3,29; IC95%: 1,29; 8,42). Na análise multivariada, ser do sexo feminino (RP=1,50; IC95%: 1,01; 2,25), ser analfabeto (RP=2,54; IC95%: 1,42; 4,54) e ter até 4 anos de estudo (RP=1,77; IC95%: 0,99; 3,14) permaneceram associados a insatisfação com a vida.
Conclusão:
A prevalência de insatisfação com a vida é baixa. A insatisfação com a vida foi associada ao sexo, a escolaridade e a renda, de maneira bivariada. O sexo e a escolaridade foram preditores da insatisfação com a vida das pessoas idosas avaliadas. Esses achados reforçam a necessidade de ações para promover a igualdade social entre homens e mulheres e favorecer o acesso dos idosos a educação.
Palavras-chave:
Saúde do Idoso; Satisfação Pessoal; Promoção da Saúde