Resumo
Objetivo:
Analisar a contribuição da Atenção Domiciliar (AD) para a construção das Redes de Atenção à Saúde (RAS) sob a óptica de profissionais e de usuários idosos.
Método:
Investigação qualitativa, aplicando roteiro semiestruturado. Foram incluídos seis profissionais, através de sorteio, sendo um de cada categoria do Serviço de Atenção Domiciliar de São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil e 34 usuários maiores de 60 anos, conscientes e orientados, com acompanhamento mínimo de um ano pela AD e portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM).
Resultados:
Descrevem o perfil dos sujeitos - seis profissionais que atuam na AD, cinco de nível superior e um de ensino técnico; média de 39 anos; atuando no serviço há aproximadamente dois anos. Nos usuários, predominam: faixa etária de 60 a 69 anos; mulheres; ensino fundamental; casados. Os dados estão categorizados em: Integralidade dos Cuidados em Saúde; AD e o acesso aos demais serviços de saúde; Equipe interdisciplinar, Capacitação e habilidades em AD. Constatou-se integração entre profissionais, valorizando o contexto biopsicossocial e ações norteadoras do processo do cuidar, promovendo troca de saberes. Foi detectada deficiência na articulação intersetorial.
Conclusão:
Corresponsabilização, capacitação e habilidades dos profissionais relacionam-se com atendimento eficiente. Abordagem humanizada, vínculo e participação de cuidadores e familiares otimizam projeto terapêutico e reabilitação. AD interliga pontos das RAS: desospitalização norteia fluxo assistencial. Contudo, conscientização dos integrantes das RAS quanto à prática da AD, capacitação profissional e empoderamento de cuidadores devem ser aprimorados.
Palavras-chave:
Serviços de Assistência Domiciliar; Integralidade em Saúde; Envelhecimento; Longevidade; Atenção à Saúde