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Função cognitiva de idosas residentes em instituições de longa permanência: efeitos de um programa de fisioterapia

Resumos

O aumento da população idosa mundial demandou novos conhecimentos sobre o processo de envelhecimento saudável e ativo. Os transtornos cognitivos estão diretamente associados ao envelhecimento, sendo, portanto, um problema de saúde pública. Nesse sentido, objetivou-se analisar os efeitos de um programa de fisioterapia para promoção à saúde sobre a capacidade cognitiva de mulheres idosas institucionalizadas. Estudo longitudinal, intervencionista, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de formulário sociodemográfico e clínico, além do Miniexame do Estado Mental (MEEM) em três tempos (pré, após 10 e após 20 intervenções). O programa de promoção à saúde consistiu em 20 atividades lúdico-coletivas, em encontros semanais com duração de uma hora. Na análise estatística, utilizou-se o teste t Student pareado e Análise de Variância, em que se admitiu como nível de significância p<0,05. A amostra foi composta por 24 idosas, com idade média de 80,04 anos. Os resultados mostraram melhora no desempenho das idosas no MEEM tanto na pontuação geral (T0=19,22 vs. T2=28,33; p=0,01), quanto nas subcategorias: "orientação temporal" (T0=3,35 vs. T2=3,57; p=0,02), "registro" (T0=2,61 vs. T2=2,95; p<0,01), "memória de evocação" (T0=1,78 vs. T2=2,71; p<0,01), "ler e executar" (T0=0,43 vs. T2=0,67; p=0,01) e "copiar diagrama" (T0=0,26 vs. T2=0,48; p=0,02). Tais achados sugerem que as ações de Fisioterapia para promoção da saúde possibilitaram melhora no desempenho de atividades cognitivas das idosas institucionalizadas, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida.

Idoso; Cognição; Fisioterapia; Instituição de Longa Permanência para Idosos


The increase in the size of the elderly population demands new knowledge about the process of healthy and active aging. Cognitive disorders are directly associated with aging, and therefore represent a public health problem. A longitudinal and interventional study with a quantitative approach was performed with the aim of analyzing the effects of a physical therapy program aimed at health promotion on the cognitive ability of institutionalized elderly women. Data was collected using a sociodemographic and clinical form and the Mini Mental State Examination (MMSE) at three time points (baseline, after 10 interventions and after 20 interventions). The health promotion program consisted of 20 recreational group activities in weekly meetings lasting an hour. Statistical analysis used the paired Student's t-test and Analysis of variance, with a significance level of p<0.05. The sample consisted of 24 elderly persons, with a mean age of 80.04 years. The results showed improvement in the performance of the elderly, both in overall MMSE score (T0=19.22 vs. T2=28.33, p=0.01) and in the evaluated subcategories "time orientation" (T0=3.35 vs. T2=3.57, p=0.02), "record" (T0=2.61 vs. T2=2.95, p<0.01), "memory recall" (T0=1.78 vs. T2=2.71, p<0.01), "read and execute" (T0=0.43 vs. T2=0.67, p=0.01) and "copy diagram" (T0=0.26 vs. T2=0, 48, p=0.02). These findings suggest that physical therapy for health promotion purposes enables improvement in performance of cognitive activities of institutionalized elderly persons, thus contributing to a better quality of life.

Elderly; Cognition; Physical Therapy Specialty; Homes for the Aged


INTRODUÇÃO

As populações mundiais estão sofrendo um rápido processo de envelhecimento e tais mudanças demográficas ocorrem de forma mais rápida em países de baixos e médios rendimentos, tendo estas alterações impactos significativos sobre os setores de saúde, social e econômico de todos os países.11. World Health Organization. Knowledge translation on ageing and health: a framework for policy development. Geneve: WHO; 2012. Como toda situação humana, o envelhecimento tem uma dimensão existencial, que modifica a relação da pessoa com o tempo, gerando mudanças em suas relações com o mundo e com sua própria história.22. Freitas MS, Queiroz TA, Sousa JAV. O significado da velhice e da experiência de envelhecer para os idosos. Rev Esc Enferm USP 2010;44(2):407-12.

À medida que a população envelhece, os transtornos cognitivos aumentam, provocando uma elevação destes no mundo, o que constitui um importante problema de saúde pública mental.33. Correia M. Perfil cognitivo em idosas de dois serviços públicos em São Luís-MA. Rev Psiquiatr Clín 2008;35(4):131-7. Nesse sentido, diversos estudos4-6 destacam a relação entre o envelhecimento e o aparecimento de transtornos cognitivos (demência, tempo de reação, déficit de memória, compreensão e aprendizagem), acrescentam ainda que tais distúrbios podem ser influenciados por alguns fatores, tais como idade, escolaridade, prática de atividade física e renda.44. Borges LJ, Benedetti TRB, Mazo GZ. Rastreamento cognitivo e sintomas depressivos em idosos iniciantes em programa de exercício físico. J Bras Psiquiatr 2007;56(4):273-9.,66. Dias RG, Streit IA, Sandreschi PF, Benedetti TRB, Mazo GZ. Diferenças nos aspectos cognitivos entre idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. J Bras Psiquiatr 2014;63(4):326 -31.

A avaliação da capacidade cognitiva surge, portanto, como um novo paradigma de saúde, particularmente relevante para o idoso, partindo do conceito de saúde e qualidade de vida, que devem estar aliados ao aumento da expectativa de vida.77. Azevedo LM, Oliveira KMV, Nunes VMA, Alchieri JC. Perdas da capacidade funcional em idosos institucionalizados no município de Natal/RN. J Res Fundam Care 2014;6(2):485-92. Uma das maneiras de verificar as condições de saúde do idoso consiste na aplicação de instrumentos que permitam a avaliação global desses indivíduos pela equipe de saúde, abordando suas condições individuais, familiares e sociais e a relação com a capacidade funcional, cognitiva e afetiva.88. Santos SSC, Cavalheiro BC, Silva BT, Barlem ELD, Feliciani AM, Valcarenghi RV. Avaliação multidimensional do idoso por enfermeiros brasileiros: uma revisão integrativa. Ciênc Cuid Saúde 2010;9(1):129-36.

Assim, a avaliação da capacidade cognitiva dos idosos institucionalizados possibilita selecionar intervenções adequadas para o combate das dependências previsíveis e a promoção de uma vida mais ativa e saudável.99. Gonçalves LHT, Silva AH, Mazo GZ, Benedetti TRB, Santos SMA, Marques S. O idoso institucionalizado: avaliação da capacidade funcional e aptidão física. Cad Saúde Pública 2010;26(9):1738-46.

Frente a esse envelhecimento populacional, tornam-se necessárias medidas de intervenção precoce por parte dos profissionais de saúde no intuito de prevenir certos danos cognitivos e modificar atitudes equivocadas que ponham em risco a saúde dos idosos, proporcionando, dessa forma, mais autonomia e qualidade de vida.1010. Carvalho MP, Luckow ELT, Peres W, Garcias GL, Siqueira FCV. O envelhecimento e seus fatores de risco associados. Rev Bras Ciênc Envelhec Hum 2011;8(2):265-71.

Diante disto, este estudo objetivou analisar os efeitos de um programa de fisioterapia para promoção à saúde sobre a capacidade cognitiva de mulheres idosas institucionalizadas.

MÉTODO

Estudo longitudinal, intervencionista, analítico de abordagem quantitativa, realizado no período de dezembro de 2013 a abril de 2014 em duas instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) exclusivamente femininas, de caráter privado e filantrópico, localizadas na cidade de Fortaleza-CE. Esta pesquisa foi realizada pelo Programa de Extensão Promoção da Saúde (PROSA) do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará.

A amostra foi composta por idosas, com idade igual ou superior a 65 anos, residentes em pelo menos uma das ILPIs. As idosas foram abordadas verbalmente, por um único pesquisador, e explicitadas sobre o objetivo do estudo. Havendo concordância em participar da pesquisa, foram avaliadas, sendo necessário que as mesmas apresentassem conhecimentos básicos de matemática (isto é, que fossem capazes de realizar cálculos mentais) e se dispusessem a frequentar 75% das atividades de promoção da saúde desenvolvidas.

Foram excluídas as idosas que possuíam diagnóstico médico comprovado de afecções neurodegenerativas pregressas e/ou progressivas, alteração de orientação auto-alopsíquica evidente ao contato pessoal ou que estavam em uso de medicação específica para melhora da função cognitiva. Os dirigentes das ILPIs foram consultados e esclarecidos quanto à viabilidade do estudo e concordaram com sua realização.

A coleta de dados ocorreu em três etapas: diagnóstico inicial (T0), avaliação para revisão do plano de intervenção (T1) e avaliação final (T2). O diagnóstico inicial foi realizado por meio de formulário para caracterização sociodemográfica e nosológica da amostra - documento este elaborado pelos autores do estudo -, associado ao Miniexame do Estado Mental (MEEM) - instrumento originalmente proposto por Folstein et al.,11 em 1975, validado para a língua portuguesa em 1994 por Bertolucci et al.12 e modificado por Brucki et al.1313. Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr 2003; 61(3B):777-81. em 2003(quadro 1) para avaliação cognitiva das idosas. O MEEM é composto por questões agrupadas em sete categorias (orientação temporal, orientação espacial, memória imediata, atenção e cálculo, memória de evocação, linguagem e capacidade construtiva visual). Sua pontuação total pode variar de zero até o máximo de 30 pontos. Neste teste é considerado normal valores acima de 27 pontos e demência, valores menores ou iguais a 24 pontos; em caso de menos de quatro anos de escolaridade, o ponto de corte passa para 17, em vez de 24 pontos.1414. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 192 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19); (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Quadro 1.
Miniexame do estado mental (MEEM).

A segunda coleta foi realizada após a execução de 10 atividades (T1) e a terceira, de 20 atividades (T2); sendo em ambos os casos reaplicado apenas o MEEM.

As intervenções foram executadas por dois acadêmicos da Universidade Federal do Ceará, supervisionados por profissionais fisioterapeutas desde o planejamento das ações promotoras até a execução das mesmas. O programa teve uma duração total de cinco meses e ocorreu por meio de encontros semanais (uma vez por semana), com duração mínima de uma hora. Ressalta-se que as atividades normalmente eram realizadas no tempo mínimo.

Durante a execução das atividades eram utilizadas técnicas de grupo para trabalhar sob a perspectiva coletiva e interativa com as idosas (quadro 2). Os exercícios foram realizados com o auxílio de equipamentos fisioterapêuticos, como: faixas elásticas, bastões, bolas; e materiais artesanais, tais como: garrafas plásticas, barbantes, de acordo com o objetivo definido para a atividade da semana. As intervenções foram realizadas no hall de convivência de cada ILPI. Os instrumentos utilizados no plano de intervenção foram: diário de campo (anotações importantes durante as intervenções), relatos orais das idosas, observação participante, protocolo de intervenção e relatório das ações (descrever todas as ações realizadas a cada término da intervenção).

Quadro 2.
Protocolos de intervenção, temas, atividades realizadas e objetivos terapêuticos. Fortaleza, CE, 2014.

Ressalta-se que não houve cegamento por parte dos pesquisadores com relação às atividades propostas, no entanto, os mesmos não conheciam o objetivo do estudo. Os dados foram analisados em conjunto, indo de acordo com o consenso dos pesquisadores.

Para comparação entre os grupos (T0, T1 e T2), utilizou-se o teste t Student pareado e Análise de Variância (ANOVA), em que se admitiu como nível de significância p<0,05 (5%), intervalo de confiança de 95%.

As questões éticas deste estudo foram alicerçadas na Resolução nº 466/12.1515. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466/12, de 12 de Dezembro de 2012. Diretrizes e Normas de Pesquisa em Seres Humanos. Brasília, DF: Sistema de Legislação da saúde; 2000. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (protocolo nº 327/11) e todas as participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

RESULTADOS

A amostra foi constituída por 24 idosas (n=19 da ILPI 1 e n=5 da ILPI 2), com média de idade de 80,42±7,95 anos [mín.=65 e máx.=90], sendo que 62,50% tinham entre 80 e 90 anos. A maioria era proveniente de municípios do interior do Estado do Ceará (58,33%), solteira (66,66%), com nível de escolaridade inexistente ou baixo (62,50%) e todas eram aposentadas (100%). A maior parte fazia uso contínuo de algum medicamento (83,33%), hipoglicemiantes e anti-hipertensivos eram os mais utilizados.

Quando investigada a cognição, as idosas foram identificadas em sua quase totalidade como orientadas e capazes de obedecer a instruções simples (95,83%); contudo, possuíam esquecimento recorrente (50%), com piora progressiva da frequência de esquecimento (41,67%); manifestando-se alteração cognitiva anterior em apenas 20,83% delas (tabela 1).

Tabela 1.
Características das idosas estudadas. Fortaleza, CE, 2014.

Identificou-se um acréscimo na pontuação geral do MEEM antes e após a intervenção fisioterapêutica (T0= 19,22; T1= 23,43; T2= 28,33), embora este não tenha sido estatisticamente significante quando comparados nos três tempos avaliados (p=0,11). Em todas as subcategorias foram observados aumentos dos valores entre T0 e T2. Entretanto, os ganhos progressivos (T0-T1-T2) foram vistos apenas nas seguintes subcategorias: "registro" (2,61; 2,90; 2,95), "memória de evocação" (1,78; 2,62; 2,71), "ler e executar" (0,43; 0,48; 0,67) e "copiar diagrama" (0,26; 0,38; 0,48); tendo sido encontrada diferença estatisticamente significante apenas em "memória de evocação" (p<0,01) (tabela 2).

Tabela 2.
Comparação entre as respostas ao miniexame de estado mental (MEEM) de idosas de instituições de longa permanência, antes e após 10 e 20 atendimentos de fisioterapia. Fortaleza, CE, 2014.

Foi observado ganho estatisticamente significante no desempenho do MEEM antes e após 20 intervenções fisioterapêuticas (T0= 19,22 vs. T2= 28,33, p=0,01). Em todas as subcategorias foram observados acréscimos entre T0 e T2, exceto em "nomear dois objetos" (2,00; 2,00) e "comando de estágios" (2,78; 2,71). Foi observada diferença significante entre "orientação temporal" (3,35; 3,57; p=0,02); "registro" (2,61; 2,95; p<0,01); "memória de evocação" (1,78; 2,71; p<0,01), "ler e executar" (0,43; 0,67; p=0,01) e "copiar diagrama" (0,26; 0,48; p=0,02) (tabela 3).

Tabela 3.
Comparação entre as respostas ao miniexame de estado mental (MEEM) de idosas de instituições de longa permanência, antes e após 20 atendimentos de fisioterapia. Fortaleza, CE, 2014.

DISCUSSÃO

A amostra foi composta exclusivamente por indivíduos idosos do sexo feminino, com idade entre 65 e 90 anos, com predomínio de idosas longevas de idade ≥80 anos, solteiras, analfabetas ou de baixa escolaridade, aposentadas. Estes dados apontam para uma tendência ao envelhecimento da população de idosos, especialmente entre as mulheres, sugerindo um aumento da expectativa de vida da população brasileira em várias regiões do país, a exemplo de estudos desenvolvidos nas cidades: Fortaleza-CE,1616. Carneiro FR, Brasileiro IC, Vasconcelos TB, Arruda VP, Florêncio RS, Moreira TMM. Independência funcional de idosas residentes em instituições de longa permanência. Acta Fisiatrica 2012;19(3):156-60. Recife-PE,1717. Dantas CMHL, Bello FA, Barreto KL, Lima LS. Capacidade funcional de idosos com doenças crônicas residentes em instituições de longa permanência. Rev Bras Enferm 2013;66(6):914-20. João Pessoa-PB,1818. Lima CLJ, Costa MML, Ferreira JDL, Silva MA, Ribeiro JKS, Soares MJGA. Perfil sociodemográfico e clínico de idosos institucionalizados. Rev Enferm UFPE 2013;7(10):6027-34. Brasília-DF,1919. Oliveira MPF, Novaes MRCG. Perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2013;18(4):1069-78. Diamantina-MG2020. Silva ME, Cristianismo RS, Dutra LR, Dutra IR. Perfil epidemiológico, sociodemográfico e clínico de idosos institucionalizados. Rev Enferm Cent-Oeste Min 2013;3(1):569-76. e Porto Alegre-RS.2121. Souza CC, Valmorbida LA, Oliveira JP, Borsatto AC, Lorenzini M, Knorst MR, et al. Mobilidade funcional em idosos institucionalizado e não institucionalizados. Rev Bras Geriatr Gerontol 2013;16(2):285-93.

Nesse contexto, atribui-se a predominância de idosos de gênero feminino à sua menor exposição a determinados fatores de risco, notadamente no trabalho, à menor prevalência de tabagismo e etilismo, à diferença no lidar com doenças e incapacidades e, por último, à maior cobertura de assistência gineco-obstétrica.22,23 O baixo ou ausente nível educacional da população idosa é um dado sociodemográfico relevante, pois estudos2424. Parayba MI, Veras R. Diferenciais sociodemográficos no declínio funcional em mobilidade física entre os idosos no Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2008;13(4):1257-64. afirmam que há cerca de 4,5 a 5 vezes mais chances desses idosos desenvolverem dependência moderada/grave, comprometendo sua funcionalidade e, consequentemente, sua qualidade de vida. A maior expectativa de vida do grupo etário ≥80 anos vem sendo atribuída principalmente à sua maior preocupação e cuidados em relação às doenças e à prevenção da saúde, aos novos padrões de comportamento, à adesão de um estilo de vida mais saudável, além da constatação nacional do aumento da feminização da velhice.2525. Celich KLS. Domínios de qualidade de vida e capacidade para a tomada de decisão em idosos participantes de grupos da terceira idade [tese na Internet]. Porto Alegre: PUCRS; 2008 [acesso em 17 jun 2014]. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/3587/1/000405317Texto%2BCompleto-0.pdf.
http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitst...
,2626. Herévia VBM, Corteletti IA, Casara MB, Sassi A, Ramalho MHS, Borges MNF. A realidade do idoso institucionalizado. Textos envelhecimento 2004;7(2):1-15.

Parcela considerável das idosas apresentou déficits visuais, relatou zumbido nos ouvidos e obteve resultado positivo no teste do sussurro, sendo que poucas idosas admitiram possuir algum distúrbio auditivo. Esses resultados são semelhantes aos encontrados nos estudos de Floriano & Dalgalarrondo,2727. Floriano PJ, Dalgalarrondo P. Saúde mental, qualidade de vida e religião em idosos de um Programa de Saúde da Família. Rev Bras Psiquiatr 2007; 56(3):162-70. Borges et al.2828. Borges LL, Garcia PA, Ribeiro SOV. Características clínico-demográficas, quedas e equilíbrio funcional de idosos institucionalizados e comunitários. Fisioter Mov 2009;22(1):53-60. e Menezes et al.29 Tais distúrbios levam à menor capacidade de comunicação e à incapacidade funcional, o que gera restrição de mobilidade e consequente dependência, proporcionando, inclusive, maior probabilidade de quedas e traumas em geral.3030. West S, Sommer A. Prevention of blindness and priorities for the future. Bull World Health Organ 2001;79(3):244-48. A maior parte das alterações sensoriais decorrentes do envelhecimento é inevitável; no entanto, podem receber uma abordagem preventiva, corretiva e às vezes até mesmo curativa, possibilitando que essas disfunções sejam pelo menos adiadas.

No presente estudo, a população de idosas foi classificada em sua quase totalidade como orientada e capaz de obedecer a instruções simples; contudo, cerca de metade dessas relataram esquecimento recorrente e piora progressiva da frequência de esquecimento. Não foram encontrados trabalhos que avaliassem tais características cognitivas especificamente, sendo comum na literatura a avaliação da função cognitiva apenas por meio de habilidades investigadas por testes cognitivos.44. Borges LJ, Benedetti TRB, Mazo GZ. Rastreamento cognitivo e sintomas depressivos em idosos iniciantes em programa de exercício físico. J Bras Psiquiatr 2007;56(4):273-9.,66. Dias RG, Streit IA, Sandreschi PF, Benedetti TRB, Mazo GZ. Diferenças nos aspectos cognitivos entre idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. J Bras Psiquiatr 2014;63(4):326 -31. Para Borges et al.,3131. Borges MGS, Rocha LR, Couto EAB, Mancini PC. Comparação do equilíbrio, depressão e cognição entre idosas institucionalizadas e não-institucionalizadas. Rev CEFAC 2013;15(5):1073-9. os idosos que vivem em ILPIs aumentam seu sedentarismo e perdem grande parte de sua autonomia, que, associados ao processo de envelhecimento, podem acentuar o declínio cognitivo. Entretanto, o estudo de Carneiro et al.,1616. Carneiro FR, Brasileiro IC, Vasconcelos TB, Arruda VP, Florêncio RS, Moreira TMM. Independência funcional de idosas residentes em instituições de longa permanência. Acta Fisiatrica 2012;19(3):156-60. realizado com 59 idosas residentes em duas ILPIs no município de Fortaleza-CE, destacou que as idosas apresentaram independência para realizar suas atividades cotidianas (alimentação, higiene pessoal, banho, mobilidade e controle esfincteriano), necessitando de auxílio apenas para locomoção em escadas e um pequeno déficit de memória.

Por conseguinte, ressalta-se que as estratégias de promoção à saúde realizadas com as idosas institucionalizadas proporcionaram melhorias no desempenho dessas no MEEM. Tais achados sugerem que programas de intervenção pautados em atividades promotoras da saúde realizados pela Fisioterapia são eficientes para a otimização da função cognitiva de idosas residentes em ILPIs.

Do mesmo modo que neste estudo, foi observado por Irigaray et al.3232. Irigaray TQ, Gomes Filho I, Schineider RH. Efeitos de um treino de atenção, memória e funções executivas na cognição de idosos saudáveis. Psicol Reflexão Crít 2012;25(1):188-202. e por Alves3333. Alves VHS. Estudo piloto de um programa de reabilitação cognitivo grupal e o seu impacto no funcionamento cognitivo e não-cognitivo de idosos sob resposta social [dissertação na Internet]. Coimbra: Instituto Superior Miguel Torga; 2012 [acesso em 20 jun. 2014] Disponível em: https://www.academia.edu/3850265/Estudo_piloto_de_um_programa_de_reabilitacao_cognitivo_grupal_e_o_seu_impacto_no_funcionamento_cognitivo_e_nao-cognitivo_Preliminary_study_of_a_group_cognitive_rehabilitation_program_and_its_impact_on_cognitive_and_non-cognitive_functioning_
https://www.academia.edu/3850265/Estudo_...
que programas de reabilitação cognitiva grupal são eficazes. Apóstolo et al.3434. Apóstolo JLA, Cardoso AFB, Marta LMG, Amaral TIO. Efeito da estimulação cognitiva em idosos. Rev Enferm Ref 2011;3(5):45-58. também encontraram resultados positivos para a cognição ao desenvolver um programa de estimulação com pessoas idosas. Os autores aplicaram um Programa de Estimulação Cognitiva - "Fazer a diferença" (PEC-FD; versão portuguesa de Making a Difference: An Evidence-based Group Programme to Offer Cognitive Stimulation Therapy (CST) to People with Dementia), abordando os temas: jogos físicos, sons, infância, alimentação, questões atuais, retratos/cenários, associação de palavras, ser criativo, classificação de objetos, orientação, usar o dinheiro, jogo com números, jogo com palavras e jogos de equipe, com duas sessões de 45 minutos por semana, durante sete semanas numa amostra de 14 idosos, e evidenciaram que o grupo submetido ao PEC-FD apresentou melhora significativa na cognição, melhorando a autonomia e capacidade funcional dos idosos.

Outro estudo3535. Silva BLT, De Oliveira ACV, Paulo DLV, Malagutti MP, Danzini VMP, Yassuda MS. Cognitive training for elderly adults based on categorization strategies and calculations similar to everyday tasks. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(1):65-74. acerca da responsividade cognitiva de idosos participantes de um programa de treino cognitivo desenvolvido com 21 idosos ao longo de oito sessões, utilizando simulações de tarefas cotidianas, como fazer compras - o que envolvia a memorização de lista de compras de supermercado e cálculos matemáticos simples -, como estratégia de abordagem, obteve resultados que apontavam para uma melhoria cognitiva relacionada principalmente à memória.

Algumas categorias avaliadas neste estudo não mostraram alteração ou melhora mesmo após as 20 intervenções. Quanto a isto, é importante se fazer algumas observações: (1) houve idosas que apresentaram desempenho máximo em certos itens e, por isso, não seria possível registrar melhora em sua pontuação na coleta pós-intervenção; (2) algumas idosas apresentavam distúrbios auditivos e visuais que podem ter comprometido o seu rendimento individual nas atividades, o que repercutiria sobre a avaliação geral das ILPIs; (3) certas capacidades avaliadas pelo MEEM, como "atenção e cálculo", "ler e executar" e "elaborar uma frase" são bastante dependentes e influenciadas pelo grau de escolaridade, e com isso pode-se dizer que tais itens tenham sofrido pequenas ou inexistentes alterações devido ao fato de a população estudada ser predominantemente analfabeta ou de baixa escolaridade; (4) e, por último, como as atividades realizadas com as idosas não foram organizadas de forma que todas as habilidades abrangidas pelo MEEM fossem treinadas em igual quantidade em cada rodada de 10 sessões, é possível que algumas categorias tenham sido trabalhadas mais que outras, justificando a melhor performance associada a determinadas capacidades.

Nesta perspectiva, estima-se que em cada ano vivido acima da expectativa de vida sejam consumidos de seis a nove meses, cerca de 80%, em estado de incapacidade.3636. Cassel CK. Successful aging: how increase life expectancy and medical advances are changing geriatric care. Geriatrics 2001;56(1):35-9. A promoção da saúde surge como resposta a este desafio da velhice sem incapacidade, pois engloba ações dirigidas para o fortalecimento das habilidades físicas e mentais dos indivíduos, mas também as ações direcionadas para as mudanças nas condições sociais, ambientais e econômicas, de forma a aliviar seu impacto sobre a saúde pública e individual.3737. Montenegro SMRS, Silva CAB. Os efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de saúde na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas. Rev Bras Geriatr Gerontol 2007;10(2):161-78. Daí a importância da participação dos idosos em programas de promoção de saúde que enfoquem a prevenção de incapacidades como objetivo prioritário.

Por fim, destaca-se como fatores limitantes de todo o estudo: a pequena amostra analisada; o plano de intervenção, que não foi organizado de forma a trabalhar todas as habilidades avaliadas em igual intensidade. Ademais, é importante salientar a escassa literatura, sobretudo nacional, direcionada aos impactos de programas de intervenção em promoção da saúde sobre o desempenho cognitivo de idosos. Mas, apesar disto, considera-se este estudo válido, uma vez que foram atingidos os objetivos propostos, demonstrando ainda à comunidade acadêmica a importância dos programas e projetos de extensão universitária ao explicitar seus efeitos positivos sobre a saúde da população.

Sugere-se para os próximos estudos: o uso de outro tipo de instrumento para avaliação cognitiva que não o MEEM; a utilização de uma amostra maior; de ambos os gêneros, de perfil clínico mais homogêneo; um programa com maior rigor metodológico, do tipo caso-controle, em que as atividades a ser realizadas sejam bem definidas e divididas previamente de forma que todas as habilidades a ser analisadas tenham igual tempo de estimulação, sempre visando à obtenção de resultados que se mantenham a longo prazo e que se generalizem para os desafios cognitivos diários da população idosa.

Ressalta-se que o envelhecimento populacional traduz-se numa carga maior de doenças na população, mais incapacidades e aumento do uso de serviços de saúde. A prevenção torna-se chave para mudar o quadro atual e tem mostrado ser efetiva em qualquer nível, inclusive nas fases mais avançadas da vida. Identificar as condições de saúde dos idosos mais velhos possibilita intervenções direcionadas, de forma a atender as suas demandas e melhorar sua qualidade de vida. Um planejamento adequado, direcionado às reais necessidades dessa população, contribui para o bem-estar, independência e dignidade desses idosos, de modo a proporcionar um envelhecimento mais saudável, no qual seja agregada qualidade de vida aos anos, e não apenas anos à vida.

CONCLUSÃO

O desempenho no Miniexame do Estado Mental foi expandido após a realização das atividades de promoção à saúde, o que otimizou a função cognitiva das idosas institucionalizadas, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida.

As pesquisas intervencionais de treino cognitivo para idosos saudáveis e/ou portadores de déficits desta natureza compreendem temas ainda pouco estudados no Brasil. Deve-se ressaltar a relevância destes assuntos, visto que estão relacionados diretamente à saúde, independência, autonomia e qualidade de vida do idoso.

REFERENCES

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  • Financiamento da pesquisa: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Edital nº 01/2013.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2016

Histórico

  • Recebido
    11 Jul 2014
  • Revisado
    09 Abr 2015
  • Aceito
    02 Out 2015
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