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Índice de fragilidade modificado de 11 itens (mFI-11) como instrumento para prever mortalidade em pacientes idosos em hemodiálise crônica

Resumo

Objetivo

Analisar o índice de fragilidade modificado de 11 itens (mFI-11) como preditor de mortalidade entre pessoas idosas em hemodiálise crônica.

Método

Estudo observacional prospectivo realizado nas unidades de diálise do município de Niterói (RJ). Um total de 124 pacientes em hemodiálise (HD) por pelo menos 3 meses, que iniciaram terapia de substituição renal aos 65 anos ou mais, foram acompanhados por 24 meses. A fragilidade foi medida pelo mFI-11, composto por 9 comorbidades, 1 item funcional e 1 item cognitivo. As comorbidades foram obtidas por anamnese e revisão de prontuário. A dependência funcional foi determinada pela presença de 2 ou mais dependências na escala de Katz, e o deficit cognitivo foi medido pelo Miniexame do Estado Mental (MEEM). O ponto de corte para fragilidade foi mFI-11 ≥3.

Resultados

A idade média no início do estudo foi de 76 anos, e 55,6% eram homens. Dos 124 participantes, 56,5% tinham diabetes, 21% tinham dependência funcional e 52,9% apresentavam deficit cognitivo. A prevalência de fragilidade foi de 67,7%, e o mFI-11 ≥3 foi significativamente associado ao risco de morte (HR 2,39, IC95% 1,21-4,72).

Conclusão

O mFI-11 demonstrou bom desempenho para prever mortalidade em pacientes idosos em HD. Sua simplicidade e viabilidade o tornam uma ferramenta valiosa para a prática clínica, auxiliando no planejamento avançado de cuidados.

Palavras-Chave:
Fragilidade; Hemodiálise; Idosos; Mortalidade

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