Resumo
Objetivo:
Identificar a prevalência e os fatores associados à realização de exames preventivos para o rastreamento do câncer de próstata em idosos.
Métodos:
É um estudo transversal de base populacional com 181 homens, com idade ≥60 anos, residentes em um município de pequeno porte do Rio Grande do Sul, Brasil. Considerou-se como variável dependente a realização de exames preventivos de câncer de próstata nos últimos dois anos e independentes, as relacionadas às condições de saúde e características sociodemográficas. Para testar a associação entre o desfecho e as variáveis independentes, foram realizadas as análises brutas e multivariáveis mediante regressão de Poisson, estimando-se as razões de prevalências brutas e ajustadas, calculando os respectivos intervalos de confiança de 95%. Entraram no modelo múltiplo todas as variáveis com p≤0,20.
Resultados:
A prevalência de realização de exames preventivos para o câncer de próstata foi de 89%. Os exames mais realizados foram o de Prostate Specific Antigen (PSA) (85,7%), seguido pelos exames realizados em conjunto: toque retal e PSA (9,3%), toque retal, ultrassonografia e PSA (3,1%), toque retal e ultrassonografia (1,3%) e ultrassonografia e PSA (0,6%). Na análise multivariada, as variáveis aposentadoria e situação conjugal foram fatores independentes associados à realização de ao menos um exame preventivo da próstata.
Conclusões:
Os achados demonstram que o fato de ser aposentado aumenta a probabilidade de realizar os exames preventivos, bem como ter companheira, ou seja, ser casado ou amasiado aumenta a probabilidade de realizar exames.
Palavras-chave:
Fatores de Risco; Neoplasias; Saúde do Idoso