Resumo
Objetivo:
Avaliar o impacto do treinamento muscular inspiratório (TMI) sobre a qualidade de vida, resposta imune, força muscular inspiratória e de membros inferiores de idosos.
Método:
Trata-se de um ensaio clínico randomizado, realizado com 30 idosos institucionalizados. Eles foram alocados em dois grupos, Grupo TMI (n=15): TMI com o PowerBreathe Classic, usando carga de 60% da pressão inspiratória máxima (PIM). O TMI foi realizado através de um protocolo de 30 repetições, três vezes por semana, durante seis semanas; e Grupo controle (n=15): não realizavam nenhum tipo de intervenção terapêutica. Em ambos os grupos foram avaliadas a PIM, a força de membros inferiores pelo teste de sentar-levantar, a qualidade de vida pelo questionário SF-36 e a proteína C reativa (PCR).
Resultados:
Os resultados demonstraram a homogeneidade entre os grupos em relação às variáveis demográficas e clínicas. O grupo TMI apresentou um aumento da variação da PIM (9,20±7,36cmH2O) comparado ao controle (0,93±8,79 cmH2O). Foi observada ainda melhora no teste de sentar e levantar (p<0,05) (teste de Tukey) na diferença entre os valores antes e após o TMI. Em relação à qualidade de vida, dois dos oito domínios do SF-36 sofreram influência do TMI, são eles: capacidade funcional e limitações por aspectos físicos. Não ocorreram mudanças na PCR em nenhum dos grupos.
Conclusão:
o TMI foi capaz de melhorar a força muscular inspiratória, a força de membros inferiores, e a qualidade de vida de idosos institucionalizados. Estes achados reforçam a contribuição desta terapêutica em reduzir os efeitos deletérios do envelhecimento.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Treinamento Muscular Respiratório; Resposta Imune